Mortalidade neonatal: assistência pré-natal em municípios do Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rocha, Adriana de Freitas de
Orientador(a): Bittencourt, Sonia Duarte de Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24321
Resumo: Devido ao componente neonatal tornar-se principal na mortalidade infantil, cada vez mais, se relaciona os indicadores de mortalidade com os cuidados no período da gestação e no nascimento. O objetivo do estudo foi descrever a assistência pré-natal em 31 municípios do Nordeste brasileiro segundo avaliação dos gestores de saúde e por meio de entrevistas às mães dos recém-nascidos que evoluíram para óbito neonatal e os sobreviventes. Foi realizado um estudo do tipo caso controle, no qual observou-se a distribuição dos óbitos neonatais a partir de variáveis relacionadas à assistência pré-natal. Foram definidos como casos todos os óbitos neonatais ocorridos no ano de 2008 e controles os nascidos vivos, deste mesmo ano, que sobreviveram ao primeiro ano de vida. Para descrever a assistência pré-natal nos municípios foi aplicado questionário padronizado aos secretários municipais de saúde e realizada análise descritiva das variáveis com distribuição da frequência nos municípios. Para descrever o perfil das mães dos casos e controles e avaliar a associação entre o desfecho e cada variável independente da assistência pré-natal, entrevistaram-se as mães dos recém-nascidos. Os resultados foram apresentados a partir da análise descritiva e posteriormente distribuição da frequência, calculo do Odds Ratio não ajustado (OR) e intervalo de confiança de 95%. No estudo, a assistência pré-natal mostrou associação com o óbito neonatal para as variáveis: não realizar o pré-natal (OR=8,42), realização de até 3 consultas de pré-natal (OR=6,79), inadequação do local de realização do pré-natal para as gestantes de risco (OR=3,16), não receber o cartão da gestante (OR=2,61) e não realizar alguns procedimentos (exames OR= 1,67; prescrição de sulfato ferroso OR=1,80). Em populações expostas a maiores risco, como a de estudo, o pré-natal desempenha um importante papel na prevenção de desfechos negativos. Uma otimização das consultas do pré-natal, com melhor aproveitamento do contato profissional e a gestante, pode contribuir para que os procedimentos mínimos sejam alcançados e que possíveis complicações possam ser identificadas em tempo oportuno.