Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Morais, Keyla Rejane Frutuoso de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/97463
|
Resumo: |
A saúde coletiva vem se tornando campo fértil para o desenvolvimento de projetos comunitários que abordam a rede de apoio social como recurso terapêutico voltado para autonomia dos sujeitos. Esta pesquisa teve por objetivo analisar a interface entre a rede de apoio social, a institucionalização e a saúde da adolescente em conflito com a lei. O estudo combinou técnicas e instrumentos quantitativos de coleta e análise de dados com outros da metodologia qualitativa, procedimento próprio à Análise de Redes Sociais. Envolveu 34 adolescentes que cumpriam medida socioeducativa em um centro educacional feminino coordenado pelo Governo do Ceará. O instrumento utilizado na coleta de dados denominou-se gerador de nomes e qualificador da relação de apoio, e, para reconhecer os significados atribuídos à institucionalização e à saúde, utilizaram-se como estratégia de investigação as narrativas. Para a organização dos dados seguiu-se o mapeamento da rede através do UCINET e NET DRAW. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UNIFOR - parecer nº 123.108. Em relação aos resultados relativos à rede percebida pelas 34 adolescentes, o número de atores foi no total de 145 membros, dentre amigos, familiares e profissionais da instituição. Em destaque, teve-se como familiar mais citado a mãe, e predomínio do apoio material e emocional. Da rede de amizade ficou evidenciado o apoio emocional dos colegas da instituição e amigas que se encontravam fora da instituição. Quanto à rede de procedência dos profissionais da instituição, o apoio percebido foi o emocional e o informacional, sendo oriundo da diretora e instrutores, que oportunizaram maior contato com elas. Destacam-se limitações na rede analisada, como: pouca diversidade de atores sociais e precariedade de vínculos de amizades entre as adolescentes da instituição. Elementos facilitadores foram identificados como: apoio da família nuclear, bem como de funcionários da instituição. Com relação aos significados atribuídos à institucionalização e saúde, emergiram cinco significados: a influência maléfica da rede de amizade e familiar; a adesão voluntária por situações de conflito com a lei que remete à possibilidade de acesso fácil ao dinheiro e às drogas; entradas consecutivas em delegacias da Criança e do Adolescente e reincidências de cometimento de atos infracionais; a institucionalização oportuniza o distanciamento das drogas, proteção e momentos de reflexão e o papel da instituição como promotora de saúde. O emprego da metodologia de análise de redes sociais permitiu reunir informações acerca da procedência e tipo de apoio percebido pelo grupo de adolescentes e tecer considerações acerca do núcleo de relações estabelecidas em torno de cada adolescente. Tais elementos demonstraram a fragilidade e baixa densidade na rede analisada. Dos apoios mais citados, teve-se emocional, oriundo dos três tipos de redes. Relativo aos significados atribuídos à institucionalização e à saúde, tem-se que a instituição dispõe de diferentes recursos e estratégias que favorecem o cuidado em saúde, sendo reconhecido o seu papel de forma positiva pela maioria das adolescentes. |