Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Fontanini, Humberto Luís Candêo |
Orientador(a): |
Vettore, Mario Vianna |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24611
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Resumo: |
Os objetivos deste estudo foram descrever medidas clínicas e subjetivas bucais e avaliar a associação entre rede e apoio social com trauma dental e cárie dentária em adolescentes. Inicialmente um estudo de confiabilidade e de calibração clínica foi realizado com 20 adolescentes entre 12 e 14 anos de idade em uma das escolas não sorteadas para testar a consistência e a confiabilidade dos questionários OIDP-Infantil, escala de apoio social e dor dental além da consistência do examinador para as medidas clínicas de cárie e de trauma dental. O Coeficiente de Correlação Intra-classe foi de 0,981 para os questionários e 0,979 para as medidas clínicas, e a consistência interna dos questionários (alpha de cronbach) variou de 0,636 a 0,881. A pesquisa principal foi um estudo seccional conduzido em 542 alunos entre 12 e 14 anos de idade selecionados em 18 escolas públicas da zona urbana de Dourados, MS, em 2012. A amostragem foi por conglomerados em dois estágios. Primeiro foram sorteadas as escolas com peso proporcional ao número de alunos e depois as turmas. Todos os alunos das turmas selecionadas foram convidados para a pesquisa. Foi enviado ao responsável dos adolescentes um formulário com perguntas sobre dados demográficos (sexo, idade, raça/cor da pele) e socioeconômicos (escolaridade, renda familiar e condições de moradia). Os adolescentes foram entrevistados para a coleta de dados demográficos, comportamentos relacionados à saúde, rede e apoio social, dor dental, impacto da saúde bucal na qualidade de vida (OIDP-Infantil), auto-avaliação da saúde bucal, percepção de necessidade de tratamento dentário e uso de serviços odontológicos. Posteriormente eles foram submetidos a exames clínicos odontológicos para avaliação da cárie (CPOD) e trauma dentário. A análise descritiva incluiu medidas de frequência relativa para variáveis categóricas e média e desvio-padrão para variáveis contínuas. Foi estimado ainda a prevalência dos agravos bucais. As correlações do escore de apoio social e subescalas com o número de dentes atacados por cárie e número de dentes cariados foram testadas através do Coeficiente de Correlação de Spearman. A associação entre rede e apoio social com cárie, experiência de cárie e trauma dentário foi testada através de regressão logística multivariada. O nível de significância foi de 5% (P<0,05). A prevalência de pelo menos um impacto da condição bucal na qualidade de vida (OIDP-Infantil ≥ 1) foi de 39,9% e de dor dental nos últimos seis meses foi de 25,1%. A prevalência de trauma dentário foi de 11,4% enquanto de pelo menos um dente atacado por cárie (CPOD) e pelo menos um dente cariado foram de 55,2% e 32,1%. A média do CPOD foi de 2,2. Nos modelos observou-se que os adolescentes com rede social de parentes (OR=0,87; IC95%=0,78-0,96) e com mais apoio social (OR=0,80; IC95%=0,60-0,93) tiveram uma chance menor de ter pelo menos um dente cariado. A chance de ter pelo menos um dente atacado por cárie foi 28% menor entre aqueles com mais apoio social (OR=0,72; IC95%=0,62-0,85). Além disso, adolescentes com mais apoio social tiveram uma chance 19% menor de ter pelo menos um dente com trauma dentário (OR=0,81;IC95%=0,67-0,96). As associações encontradas entre rede e apoio social com cárie, e entre apoio social com a experiência de cárie e trauma dentário sugerem que determinantes sociais individuais devem ser considerados nas estratégias de promoção da saúde bucal. A prevalência de trauma dental neste estudo (11,4%) foi inferior à do Brasil (20,5%) e à da região Centro-Oeste (24,5%). Porém, a média do CPOD (2,20) foi superior à do Brasil (2,07) e inferior à da região Centro-Oeste (3,26). |