Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Campos, Gileno Nunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/101558
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo analisar a relação existente entre o sofrimento e o processo de subjetivação na linguagem escrita realizada através da experiência literária. Tendo como horizonte maior quatro obras de Clarice Lispector pretende-se a partir destas perscrutar o que há de páthos(sofrimento) em meio ao drama de uma linguagem que deixou de ser apenas uma referência da mera experiência de si para ser um registro contundente de uma época, revelando os processos de sedimentação das crises e contingências que marcam a vida de qualquer ser humano em nossa epocalidade. Dividido em quatro partes: a primeira trata de analisar como a construção da visão individualista no mundo Ocidental, a partir do autocentramento absoluto do sujeito, comporta não só o nascimento do sujeito como descrição literária, mas também a morte do homo politicus e o advento do homo psychologicus, traço fundamental de uma cultura terapêutica e narcísica; a segunda dá uma ênfase maior a aproximação de elementos autobiográficos da vida de Clarice Lispector no processo de realização de sua obra literária, como testemunho de sua busca pessoal da construção do seu fazer existencial; a terceira, resgata o lugar do sujeito no mundo a partir da linguagem através da análise do processo de sofrimento, desapossamento e reconquista da subjetividade descrita na experiência narrativa da obra ?A Paixão Segundo G.H.?. Momento, também, para tecer uma crítica à lógica terapêutica e narcísica de uma sociedade que reverencia o mito da estetização da existência; a quarta, iluminada pela análise da trilogia ficcional clariceana: Água Viva, A Hora Da Estrela e Um Sopro de Vida, procura, nessa descrição literária, os movimentos possíveis à construção da identidade subjetiva como denúncia de um mundo cujo legado foi o embotamento do sujeito para compreender os destinos da própria civilização. Finalmente, a conclusão mostra o esforço necessário da narrativa clariceana em ser uma refinada reflexão sobre a existência subjetiva. |