TPM - tensão, paixão e mal-estar: a subjetivação de uma mulher em tensão pré-menstrual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Mapurunga, Juçara Rocha Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=38866
Resumo: A intenção deste trabalho é realizar um estudo sobre a tensão pré-menstrual (TPM), abordada como um mal-estar contemporâneo que atinge a mulher em sua problemática do feminino e de um corpo em processo de constituição subjetiva. Os sintomas físicos e psíquicos da TPM são manifestados de forma intensa e tensa, durante o período pré-menstrual, trazendo consequências pessoais e sociais e vêm sendo diagnosticados e tratados pela medicina de forma curativa. Acreditando na concepção freudiana de que o patológico é uma paixão que se estabelece no sujeito, em suas relações humanas, movidas por pulsões e desejos sempre impossibilitados de satisfação plena pela cultura, pretendemos averiguar as possibilidades de a TPM se constituir como lugar que marque uma posição subjetiva feminina. Para isso, procuramos mapear conceitos da teoria psicanalítica que permitam novos olhares ou perspectivas de colocação para a TPM, a partir de seu referencial como um corpo em tensão, gerado pelo desconforto ou incômodo do ciclo menstrual. Os capítulos teóricos abordam conceitos psicanalíticos sobre a sexualidade feminina, as pulsões e o desamparo humano, na medida em que eles nos parecem úteis para a compreensão da tensão , paixão e mal-estar que acometem a mulher na TPM. A pesquisa é alicerçada, metodologicamente, em um estudo de caso único, fundamentado, pela psicanálise, nas discussões interpretativas e, estrategicamente, averiguado como uma prática discursiva propiciadora das construções de sentido no cotidiano. Com isto, objetivamos demonstrar nossa hipótese de que a TPM, considerada como uma ação que permite construir um sentido para a existência, poderia contribuir para que possamos circunscrever o mal-estar da mulher em TPM como uma posição que possibilita a compreensão de um sofrimento psíquico. Palavras-chave: Tensão pré-menstrual (TPM), corpo, subjetividade, mal-estar; sofrimento psíquico.