Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Tarcylio Esdras de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/128774
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Resumo: |
Introdução: A síndrome febril aguda indiferenciada (SFAI) é causada por uma variedade de agentes etiológicos, porém, informações sobre a sua abordagem sindrômica ainda são escassas. O objetivo do estudo é determinar a etiologia da SFAI em nosso meio, procurando determinar fatores epidemiológicos, clínicos e laboratoriais associados aos agentes etiológicos identificados. Método: Estudo prospectivo, transversal e analítico, envolvendo indivíduos atendidos com critérios para SFAI, em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Fortaleza/CE, durante o período de maio/2019 a setembro/2020. Foram coletados dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais, além de amostras sanguíneas para realização de RT-PCR para os vírus da dengue (DENV), zika (ZIKV), chikungunya (CHIKV) e COVID-19 (SARS-CoV-2). Resultados: Foram incluídos 98 participantes, com média de idade de 30,3 + 15,9 anos e predomínio do sexo feminino (60,2%). As manifestações clínicas mais reportadas foram cefaleia (75,5%), mialgia (70,4%) e adinamia/astenia (63,3%). Hemoconcentração foi observada em 27,1%, linfopenia em 33,3% e trombocitopenia inferior a 100.000/mm3 em 14,5% dos casos. A única etiologia identificada foi dengue em 29 casos (29,6%). Todas as amostras foram negativas para os demais agentes. O método de RT-PCR, utilizando iniciadores Lanciotti e AD3/AD4, detectaram o DENV em 26 (89,7%) e 9 (31%) dos casos, respectivamente. A frequência de sorotipos identificados foram DENV1 em 3 (10,3%), DENV2 em 20 (69,0%) e DENV3 em 3 casos (10,3%). A sensibilidade do método utilizando os iniciadores AD3/AD4 foi diferente entre os 3 sorotipos: DENV1 (100%), DENV2 (15%) e DENV3 (0%). Mialgia estava presente em 86,3% dos casos de dengue, sendo o único sintoma associado ao diagnóstico (p=0,026). Trombocitopenia esteve presente em 31,6% dos casos de dengue, sendo o único método laboratorial associado ao diagnóstico (p=0,022). A acurácia do diagnóstico clínico de dengue foi de 66,3%. Conclusão: O DENV foi o único agente de SFAI identificado no estudo, permanecendo a maioria dos indivíduos com diagnóstico indeterminado. O sorotipo DENV1 foi predominante, embora o estudo tenha detectado a volta da circulação de DENV3 no Ceará. O diagnóstico molecular apresentou grande variação de sensibilidade, dependendo dos iniciadores utilizados. A presença de mialgia e trombocitopenia foram os únicos achados úteis na identificação dos casos de dengue. O diagnóstico clínico apresentou baixa acurácia no diagnóstico. Palavras-chave: SFAI; síndrome febril aguda; emergência; UPA, dengue. |