Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Moura, Joao Batista Vianey Silveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/69706
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Resumo: |
O presente estudo buscou investigar os impactos provocados pela organização do trabalho escolar na saúde mental do professor. A organização do trabalho refere-se à divisão do trabalho, o conteúdo da tarefa, o sistema hierárquico, a burocratização da tarefa e as questões de responsabilidade exigidas pelo trabalho. A compreensão desta situação deu-se a partir do referencial da teoria das representações sociais e da teoria do enfrentamento. Este estudo avaliou o entendimento sobre as representações sociais de professores frente à organização do trabalho na escola e o modo como estes vivenciam as questões relacionadas ao fenômeno da exaustão emocional, além de identificar as estratégias de enfrentamento desenvolvidas por esses sujeitos ao vivenciarem tais situações. No percurso metodológico foram utilizados o questionário Maslach, a observação participante e as entrevistas semi-estruturadas. As falas dos professores foram organizadas a partir da identificação das dimensões mais relevantes. A realização da análise de conteúdo proporcionou desenvolver uma análise das representações sociais presentes nos discursos dos entrevistados. Os resultados demonstram que os participantes estabeleceram relação entre o significado atribuído à organização do trabalho e as estratégias de enfrentamento utilizadas. A escola significou principalmente um local que é bom, mas, também, problemático. Neste aspecto, os professores ressaltaram a presença da interação, amizade e companheirismo, problemas relacionados às condições estruturais e organizacionais da escola. Concluímos que as práticas sociais de promoção da saúde no trabalho docente devem observar incentivo e fomento de uma rede social intensa e extensa que tenha um papel importante na prevenção de estresse e de outros problemas e que devemos reforçar os suportes afetivos sociais que proporcionem, ao indivíduo, condições de desenvolver estratégias de enfrentamento em vez de adaptações automáticas, como vem prevalecendo. Recomendamos às escolas que estimulem formas alternativas de humanização do trabalho, propostas pelos próprios professores, além da busca de melhoria da qualidade das relações no contexto do trabalho. Posicionamos-nos a favor do diálogo criado em tal contexto que resulte numa conscientização coletiva sobre as condições de vida e na compreensão do potencial do indivíduo e do grupo para a promoção de mudanças que repercutam positivamente na organização do trabalho na escola. |