Avaliação antropométrica e consumo alimentar de pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador: um estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bentes, Ana Carla Novaes Sobral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113694
Resumo: Introdução: A doença renal crônica (DRC) é definida pelas anormalidades na função ou estrutura renal, presentes por mais de três meses, com consequências para a saúde. O indivíduo com DRC apresenta inúmeras alterações clínicas e laboratoriais, as quais são diagnosticadas, corrigidas ou atenuadas com o tratamento, que dependem da evolução da doença. No início da mesma, o tratamento conservador é o recomendado utilizando medicamentos, dieta com restrições alimentares e avaliações periódicas. Portanto, durante a evolução da doença e tratamento, o paciente sofre alterações do estado nutricional, com tendência à desnutrição ou obesidade. Por sua vez, o estado nutricional influencia fortemente o prognóstico do paciente renal. Objetivo: Avaliar o estado antropométrico e o consumo alimentar de pacientes com DRC em tratamento conservador. Metodologia: Estudo longitudinal, no período de agosto de 2016 a agosto 2017, com 99 pacientes com diagnóstico de doença renal crônica, em tratamento conservador, com idade maior ou igual a 18 anos, atendidos no Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Foi realizada consulta para coleta de dados antropométricos, de consumo alimentar por meio do recordatório 24 horas, socioeconômico e de saúde. Após esta avaliação, os pacientes foram agendados para posterior reavaliação no período de três meses, seis meses e um ano após o primeiro momento. Resultados: A média de idade foi de 68,28±14,21 anos. A maioria da amostra foi composta por idosos (n=73,7%) e pacientes do sexo feminino (n=53,5%). No que diz respeito ao estado nutricional, na primeira e última avaliação dos idosos, 56,8% e 55,9% tinham obesidade, respectivamente. Enquanto nos adultos, 29,2% tinham sobrepeso e 37,5% tinham obesidade na primeira avaliação. Após um ano, 45,5% dos adultos tinham sobrepeso e 18,2% tinham obesidade. Com base na circunferência da cintura das mulheres na primeira e última avaliação, 88,5% e 89,2% tinham risco elevado para doenças cardiometabólicas. Para o sexo masculino, a CC estava elevada na primeira e quarta avaliação (61,4% e 53,3%). Segundo classificação dos estágios de DRC, 48,5% pacientes foram classificados como DRC estágio III seguido de 33% do estágio II na avaliação inicial, enquanto na avaliação final 51,8% pacientes estavam no estágio III seguido do estágio II com 32,1% dos pacientes. A análise da ingestão alimentar, demonstrou que os pacientes apresentaram baixa ingestão calórica assim como, baixo consumo de gordura e a fibra nos quatro momentos. Entretanto, os carboidratos encontraram-se dentro dos valores normais e as proteínas encontraram-se também dentro dos valores recomendados para pacientes com DRC em tratamento conservador. Conclusão: Os portadores de DRC apresentaram excesso de peso apesar de um consumo alimentar abaixo do recomendado, onde a proteína e o carboidrato encontraram-se dentro dos níveis de adequação para pacientes com DRC em tratamento conservador. Possíveis explicações podem ser pelo relato subestimado do consumo alimentar e alterações hormonais nos pacientes.