A jardinagem como estratégia de enfrentamento dos efeitos psicológicos adversos da pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barbosa, Rafael Almeida Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/129605
Resumo: A pandemia da COVID-19 e as medidas de distanciamento social produziram efeitos deletérios nas interrelações pessoa-ambiente e na saúde mental de longo prazo. O contato com elementos naturais e a prática da jardinagem como promotores de saúde mental são alvos de crescente investigação, de modo que esta dissertação objetivou investigar o papel da jardinagem como estratégia de enfrentamento dos efeitos psicológicos adversos da pandemia da COVID-19. Realizaram-se dois estudos: o Estudo 1 trata-se de uma revisão integrativa de literatura, no Estudo 2 cumpriu-se uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva. Realizaram-se 11 entrevistas presenciais com praticantes da jardinagem em Fortaleza no segundo semestre de 2021. A indicação dos participantes se deu através do método Bola de Neve. Os instrumentos foram uma pergunta disparadora e o uso de fotografias. As entrevistas foram audiogravadas, transcritas e analisadas no software IRaMuTeq. Resultaram cinco classes temáticas: ¿Plantas para não pensar em COVID, em morte¿ retratou os impactos da pandemia e a jardinagem como recurso de enfrentamento; ¿Não existe mais viver sem minhas plantinhas¿ discorreu sobre a importância do ato de cuidar e as implicações da jardinagem sobre a percepção de si e do mundo; ¿É de sol? É de sombra? Precisa aguar?¿ abordou o envolvimento com a jardinagem e o aprendizado do cultivo; ¿Eu não estou sozinho na jardinagem¿ remeteu à importância e desafios do convívio social, incluindo a aquisição compulsiva de plantas; ¿Que coisa linda essa flor!¿ versou sobre o uso dos sentidos no cultivo, preferências estéticas e o hábito de conversar com as plantas. Constatou-se que os efeitos psicológicos benéficos da jardinagem foram presentes entre participantes com diferentes níveis de poder aquisitivo, condições de moradia e espaços de cultivo. Concluiu-se que a prática é eficaz, acessível e de baixo custo, indicando um promissor campo de investigação na saúde mental. Palavras-chave: psicologia da saúde; saúde mental; psicologia ambiental; jardinagem; COVID-19