Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcus Vinícius da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2692
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Resumo: |
A leishmaniose visceral vem apresentando mudanças importantes em seu padrão de transmissão, com progressiva urbanização e expansão geográfica, acometendo regiões anteriormente consideradas indenes. O controle da doença tem se mostrado difícil e laborioso, e a experiência adquirida nas últimas décadas revela a necessidade de se utilizar as medidas de controle de forma integrada. Incluída entre as estratégias preconizadas pelos órgãos públicos, a eliminação dos reservatórios caninos constitui uma importante ação que, para ser executada, exige uma correta identificação dos cães infectados. Outras medidas, como a vacinação dos cães, têm sido também utilizadas. Com a introdução no mercado de uma vacina contra a Leishmaniose Visceral Canina (Leishmuneâ), capaz de ocasionar o desenvolvimento de altos níveis de anticorpos IgG, torna-se necessária a utilização de novos marcadores sorológicos. Além disso, para o diagnóstico sorológico da infecção por Leishmania chagasi, é desejável a utilização de sangue dessecado em papel de filtro (SDPF), pois apresenta vantagens sobre a utilização de soro obtido por punção venosa, principalmente com relação aos custos envolvidos com logística e às facilidades para utilização em condições de campo. Assim, neste trabalho, buscou-se validar, em amostras de soro e de SDPF, um teste de imunofluorescência indireta (IFI), desenvolvido pela Bio-Manguinhos, e dois testes imunoenzimáticos (ELISA), sendo um deles também desenvolvido pela Bio-Manguinhos e o outro desenvolvido de acordo com a técnica descrita por Voller (1976) com modificações, utilizando antígeno solúvel obtido a partir de promastigotas de L. major-like. Avaliou-se também a reprodutibilidade dos níveis de anticorpos IgG, IgG1 e IgG2 por estas reações sorológicas, ao longo do tempo decorrido após a coleta. Além disso, determinou-se a capacidade das imunoglobulinas IgG1 e IgG2 de se constituírem em marcadores de infecção ativa por L. chagasi e o comportamento das mesmas em amostras de SDPF. As amostras de soro e eluato de SDPF obtidas de 161 cães – sendo 31 negativos, 10 chagásicos, 42 infectados assintomáticos, 45 infectados oligossintomáticos e 33 infectados polissintomáticos – foram ensaiadas de forma pareada no 1o dia após a coleta (D.A.C.), sendo que no 15o, 30o e 60o D.A.C. foram ensaiadas alíquotas de amostras de eluato de SDPF e comparadas com os resultados obtidos com o soro no 1º D.A.C. A validade das reações, em soro e em eluato, foi aferida através dos índices de copositividade (icp), co-negatividade (icn), concordância de Youden (J) e dos valores preditivos positivo (vpp) e negativo (vpn), utilizando-se a reação de IFI em soros como referência, uma vez que esta reação demonstrou fidelidade em identificar corretamente os animais verdadeiramente positivos e negativos. As reações de IFI, ELISA (Bio- Manguinhos), ELISA IgG (ag. L. major-like) e ELISA IgG2 (ag. L. major-like), em amostras de soro e eluato, se mostraram válidas para o diagnóstico sorológico da LVC. A distribuição cruzada dos resultados obtidos com soro e eluato, para cada reação avaliada, revelou ótimas e boas concordâncias para as reações de IFI, ELISA (Bio-Manguinhos), ELISA IgG (ag. L. major-like) e ELISA IgG2 (ag. L. major-like). A análise da reprodutibilidade das reações em SDPF, armazenadas a 4ºC na presença de sílica-gel., em função do tempo, demonstrou que níveis de imunoglobulinas específicas da classe IgG, presentes nas amostras de SDPF, mantiveram-se estáveis por até 30 D.A.C. pela reação de IFI e por até 60 D.A.C. pelas reações de ELISA (Bio-Manguinhos) e ELISA (ag. L. majorlike). As imunoglobulinas específicas das subclasses IgG1 e IgG2, presentes nas amostras de SDPF, também mantiveram seus níveis estáveis por até 60 D.A.C. pela reação de ELISA (ag. L. major-like). Não foi possível estabelecer uma correlação entre os níveis da imunoglobulinas IgG, IgG1 e IgG2 com a classificação clínica dos cães infectados por L. chagasi. |