Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Costa, Erika Moutinho |
Orientador(a): |
Almeida, Renato Porrozzi de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43267
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Resumo: |
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença vetorial, zoonótica, sistêmica progressiva causada por protozoários da espécie Leishmania infantum nas Américas, e transmitida por flebotomíneos, principalmente a Lutzomyia longipalpis. Os cães são considerados os principais reservatórios urbanos da doença, sendo, portanto, um dos principais alvos no programa de controle da LVC no Brasil. O diagnóstico da LVC é complexo, pois a doença apresenta uma sintomatologia variada, além de um grande número de animais assintomáticos. Este estudo teve como objetivo avaliar a aplicabilidade de métodos moleculares e sorológicos na detecção da infecção por L. infantum em cães com baixo escore clínico, assim como investigar o potencial desses animais como fonte de infecção para os flebotomíneos. Este estudo é composto por duas etapas, onde 146 cães assintomáticos de uma área endêmica do Brasil foram avaliados de forma a comparar métodos diagnósticos disponíveis para LVC. Somado a esses cães, 111 cães de diversos escores clínicos foram analisados visando a aplicação da metodologia de interpretação semiquantitativa do DPP®LVC (teste sorológico) como forma de estadiamento e manejo dos cães infectados Foi também avaliado a RPA-LF (teste molecular) como teste rápido complementar ao DPP®LVC. Em áreas endêmicas existe uma parcela de animais infectados que não são identificados pelo teste sorológico rápido DPP®LVC, sendo necessário associação com outros testes. No caso deste estudo, a RPA-LF demonstrou ser um bom candidato a teste molecular rápido para ser associado ao DPP®LVC, pois é capaz de detectar animais recém infectados, que ainda não apresentam soroconversão detectável. O uso de um índice de reatividade (IR) baseado na relação da banda teste com a controle permitiu a normalização dos resultados, apresentando correlação positiva com a carga parasitária esplênica. Os animais com IR alto tenderam a uma evolução clínica desfavorável. A infecctividade para o vetor esteve presente em cães com baixo escore clínico com resultados laboratoriais variáveis. O teste RPA-LF foi o que mais identificou animais capazes de infectar o vetor, sendo importante a sua realização principalmente em animais com IR>0,2, visando identificar precocemente focos de infecção para o vetor. Dessa forma, o IR se mostrou uma ferramenta simples e de baixo custo que, associado ao RPA-LF permite a identificação e o manejo de cães em áreas endêmicas. Representando recursos que poderiam ser aplicados no controle da Leishmaniose Visceral. |