Obtenção de rutina de Dimorphandra sp. : do processamento dos frutos à obtenção de extrato enriquecido.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santos, Elisângela Aparecida Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3219
Resumo: A rutina é um flavonóide empregado na indústria farmacêutica para fabricação de medicamentos que atuam na circulação sanguínea. É extraída em grande parte de frutos de espécies nativas do Cerrado Brasileiro. As espécies mais empregadas são conhecidas como fava d’anta (Dimorphandra mollis e Dimorphandra gardneriana). Os frutos são coletados verdes, e após secos, são vendidos para as indústrias que os processam, extraindo e comercializando principalmente a rutina, além de seus derivados. O Brasil atualmente exporta a maior parte da produção interna de extrato de fava d’anta e importa formulações farmacêuticas contendo rutina e seus derivados na forma pura. Os objetivos do trabalho foram estudar a influência do sistema de secagem dos frutos e da granulometria do pó dos frutos no teor de rutina; desenvolver e avaliar técnica de extração de rutina com solventes pouco tóxicos; e avaliar a variação de rutina entre plantas de diversas procedências em Minas Gerais. Os frutos verdes foram coletados e submetidos a quatro sistemas de secagem, determinado-se o teor de umidade durante o processo. Após a secagem, uma parte dos frutos moídos e não tamisados foram submetidos à análise do teor de rutina por CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) para verificar a influência do sistema de secagem no teor de rutina. E parte dos frutos moídos foi tamisada para análise da influência da granulometria no teor de rutina. Os frutos coletados secos foram moídos e analisados na CLAE quanto ao teor de rutina para verificação da variação do princípio ativo em diferentes locais de coleta, e também foram utilizados para testar uma nova técnica de extração de rutina. Os resultados mostraram que o método de secagem no chão é o mais promissor, e não houve diferença estatística quanto ao teor de rutina dos frutos secos no chão e os secos nos outros sistemas. O pó com granulometria maior que 80 mesh (pó retido no fundo do tamis) apresenta o maior teor de rutina. A extração de rutina com água mostrou-se promissora, porém são necessários mais estudos para aperfeiçoamento da técnica. O trabalho gerou resultados que serão submetidos a processo de patenteamento.