O público e o privado no Ensino Médio em Santarém-Pará: qual o diferencial do desempenho cognitivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: https://orcid.org/0000-0002-2568-2816 lattes
Outros Autores: SILVA, Mayara Duarte da
Orientador(a): DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Biodiversidades e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/721
Resumo: A necessidade de aumentar a oferta de escolarização brasileira não foi acompanhada de uma preocupação com a qualidade do ensino ofertado. As primeiras ações voltadas para a implementação de um sistema nacional de avaliação da educação básica no Brasil têm início a partir da década de 1980, com implementação de diversas reformas educacionais. Diante de uma crescente cobrança por medidas que revertam os níveis insuficientes de aprendizagem revelados pelas atuais avaliações da educação básica brasileira, suscitamos aqui, uma discussão a respeito da ideia de educação como alicerce para melhor formação do. O objetivo do presente trabalho foi comparar o perfil de desempenho cognitivo em alunos do ensino médio público e privado de duas escolas no município de Santarém-Pará, no período de 2011 a 2017. Trata-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa, com coleta de dados secundários realizada entre outubro de 2018 a setembro de 2019, com autorização de consulta aos mapas de resultados finais anuais pelos diretores das instituições de ensino participantes, bem como a partir de dados disponibilizados pelos sites oficiais nacionais. O estudo evidenciou diferenças significativas no desempenho cognitivo entre as duas escolas. A análise de variância (ANOVA) do comparativo intraescolar do desempenho cognitivo entre turnos mostrou o teste t com p<0,0001 para EPU e p<0,0054 para EPR. E no comparativo intraescolar do desempenho cognitivo por séries a EPU mostrou teste t de p<0,0001 e p<0,0065 para EPR. A EPU mostrou-se ser a instituição com maiores índices de notas vermelhas, reprovações, cancelamentos, retenções e desistências no período avaliado. Os estudantes da EPU apresentaram maior dificuldade de adaptação ao Ensino Médio do que os alunos da EPR, sugerindo que estes progridem ao Ensino Médio com uma base deficiente do Ensino Fundamental, fato reproduzido ao longo dos anos sem nenhuma medida de reversão, refletindo nas desigualdades entre as performances diagnosticadas nas duas escolas. A quantidade de matrículas, bem como a de alunos por turma é muito superior na EPU, isso reflete no maior Indicador de Esforço Docente no Ensino Médio, sugerindo que a qualidade do ensino também pode estar correlacionada a essas variáveis. A pesquisa sugere também que o fator mais importante na determinação da eficiência do ensino nas duas instituições avaliadas, está mais correlacionado a fatores didáticos-pedagógicos, administrativos, e extraescolares, como aspectos familiares, por exemplo, do que a insumos propriamente dito, sendo necessários mais estudos direcionados nesse sentido para melhor caracterização desses resultados. Dessa forma, a construção coletiva de um caminho de participação e corresponsabilidades para melhoria da qualidade do ensino público pode ser: uma maior ênfase na base de formação docente; e uma maior atenção às deficiências existentes no ensino fundamental.