Norma-Padrão: caracterização e ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MOURA, Fádya Lorena de Souza
Orientador(a): FERREIRA, Ediene Pena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Instituto de Ciências da Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/229
Resumo: O objetivo desta pesquisa é compreender como se caracteriza a norma-padrão objetiva do português brasileiro e quais são as suas implicações para o ensino, utilizando como corpus textos de jornais de maior circulação no Brasil. Partimos da assunção de que existe uma norma-padrão objetiva que sofre influência do discurso e que, portanto, é modificada pelos próprios usos. Discutimos a respeito das abordagens tradicional e linguística da norma-padrão em sala de aula, compreendendo que esta última pode contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico do aluno sobre a língua. Adotando a abordagem linguística, analisamos textos jornalísticos do ano de 1995 e do ano de 2015, com o intuito de verificar se, em 20 anos, houve alguma diferença no padrão linguístico apresentado. Os fenômenos analisados foram selecionados pelo critério da tensão normativa, investigamos fenômenos com baixa e com alta tensão normativa. Observamos que alguns fenômenos linguísticos bastante frequentes na oralidade de falantes do segmento social de maior poder não são vistos com tanta frequência na modalidade escrita, outros são inexistentes no recorte de textos que foi feito para constituição do corpus. No entanto, outros fenômenos comuns na oralidade, são vistos em textos formais mesmo que em baixa frequência, o que aponta para futura aceitação maior desses fenômenos. Em comparação ao que foi observado na análise dos fenômenos dos diferentes períodos, observamos bastante similaridade no padrão apresentado nos dois períodos analisados. Concluímos que a norma-padrão que se objetiva na escrita é de fato uma realidade diferente da oralidade e é rigidamente controlada, no entanto, com o aparecimento de fenômenos com alta tensão normativa, vimos que esta norma também é moldada pelo discurso, embora isso ocorra de forma lenta, tornando necessário o trabalho com dados empíricos atuais para conhecê-la.