Escolarização na Bahia na transição império-república e a constituição da norma culta do português brasileiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santana, Noemi Pereira de
Orientador(a): Souza, Emília Helena Portella Monteiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11402
Resumo: Esta dissertação pretende identificar o grau de interferência do processo de escolarização na constituição da norma culta do português brasileiro, considerando, por um lado, o papel da escola como condutora da padronização lingüística e, por outro, o número de indivíduos que teve acesso à instrução pública, na Bahia, na segunda metade do século XIX, momento de profundas transformações na sociedade baiana, com a abolição da escravatura e a implantação do regime republicano. A abordagem teórico-metodológica da Sociolingüística considera o nível de escolaridade como fator social determinante na configuração das normas de uma língua, e os estudos voltados para a história social lingüística do português brasileiro têm enfatizado a necessidade de reconstruir a história da escolarização no Brasil, observando em que medida esse processo contribuiu na constituição da norma culta. Os dados expostos neste trabalho foram levantados em documentos oficiais e nãooficiais, identificando-se os conteúdos ensinados e os métodos utilizados no ensino de língua portuguesa, bem como índices relacionados à população escolar e ao sistema de ensino. Embora os materiais didáticos e os métodos de ensino relativos à língua portuguesa tenham se aprimorado e o governo tenha intensificado investimentos no setor de instrução pública, ao se observar a estrutura das escolas, o fluxo de professores e o índice de freqüência dos alunos, não é possível assegurar que, no período em foco, o padrão lingüístico tenha sido plenamente adquirido por essa população.