Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
CHAIBE, Maria Eduarda dos Santos
 |
Orientador(a): |
FERREIRA, Ediene Pena
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
|
Departamento: |
Instituto de CIências da Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/781
|
Resumo: |
O objetivo desta pesquisa em educação e linguagem consiste em compreender o que a Linguística brasileira diz ser tratar a variação linguística no ensino de Língua Portuguesa. A partir da segunda metade do século XX novas abordagens linguísticas emergiram em torno da concepção de língua, que, ao evidenciar a língua como um fenômeno heterogêneo, se tornou urgente a revisão das práticas reflexivas e pedagógicas em torno dos principais eixos do ensino de língua portuguesa, o que implicou inserção e revisão de conceitos e desenvolvimento de propostas de ensino que atendessem às exigências dessa mudança, dentre os quais está o conceito de variação linguística. Pesquisas passaram a ser desenvolvidas com o objetivo de discutir e descrever fenômenos da variação e, mais recentemente, discutir orientações sobre a relação variação e ensino de Língua Portuguesa. Discussões e orientações que se tornam ainda mais evidentes a partir do final de 1990, quando diretrizes oficiais de ensino, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), incorporaram e divulgaram a abordagem variacionista para o ensino de língua. Diante disso, estudiosos têm divulgado reflexões e propostas para um ensino que considere os pressupostos teóricos em torno da variação linguística. Entretanto, ainda é frequente a crítica de linguistas quanto à dificuldade de articulação entre o desenvolvimento da teoria e a atividade de ensino no ambiente escolar. Percebemos nisso a necessidade de uma investigação que evidencie o que os estudos linguísticos dizem ser variação e qual a orientação da Linguística para a articulação da variação com o ensino. Para essa investigação, selecionamos pesquisas de doutores e especialistas da área, autores de textos publicados em livros, teses, dissertações e artigos publicados em meios acadêmicos/ educacionais oficiais, principalmente nos últimos 20 anos, período de divulgação deste tema nas diretrizes oficiais de ensino, o que deu maior impulso ao desenvolvimento de tais pesquisas e se evidenciou com mais afinco a necessidade de reformulação da educação em língua materna. Nas pesquisas analisadas, apesar de ainda observarmos contradições, dificuldades de compreensão quanto à concepção de língua e falta de consenso terminológico entre os linguistas, os pesquisadores orientam que o ensino deve partir da reflexão e do acesso dos alunos às variedades da língua como legítimas, de forma a combater o preconceito linguístico, e lhes oferecer possibilidades de escolhas, por meio do reconhecimento das normas efetivamente praticadas pelos falantes da língua portuguesa, principalmente da norma eleita socialmente, para que possa pensar criticamente os meios sociais em que vive, emancipar-se. |