A Música no Desvelamento do Universo Infantil: práticas pedagógico-musicais de professores das unidades e escolas municipais de educação infantil em Santarém, Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Raimundo Nonato Aguiar
Orientador(a): LEITE, Iani Dias Lauer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Instituto de Ciências da Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/268
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo central averiguar como professores das unidades e escolas municipais de educação infantil do perímetro urbano de Santarém utilizam a música em suas práticas pedagógicas. Os objetivos específicos buscaram: identificar as práticas pedagógico-musicais realizadas por professores de educação infantil, analisar os recursos disponíveis para a realização de atividades musicais e identificar as necessidades e dificuldades para o desenvolvimento de atividades musicais. Utilizou-se o método survey de desenho interseccional. O instrumento para a coleta de dados utilizado teve como base o questionário de Diniz (2005), com questões de cunho sociodemográfico e relativo às práticas pedagógico-musicais. Dos 175 professores que integram os 51 espaços escolares de educação infantil – divididos entre UMEIS, EMEIS, CEMEIS e escolas de Pré I e II – participaram 83 professores da Rede Municipal de Ensino do perímetro urbano de Santarém. Os resultados da pesquisa revelaram que a maioria dos profissionais atuantes nessa etapa da educação básica pública são do sexo feminino, correspondendo a 82%, com um quantitativo pequeno de profissionais masculinos, equivalente a 7%. Todos os participantes do estudo possuem nível superior com especialização e há um professor com mestrado em educação. A pesquisa também revelou que 56% dos docentes não possuem formação alguma em música. Há um número expressivo (68%) de profissionais que não cantam e nem dominam qualquer instrumento musical, assim como 71% não participam de eventos de formação continuada em música, quando são oferecidos pela Secretaria Municipal de Educação. Os 83 entrevistados, porém, afirmaram utilizar música em atividades como a dança, sendo a mais citada dentre as práticas (81,7%), a movimentação (80,4%), a audição de músicas (76,8%) e o canto (68,2%). 73,1% dos professores empregam também, a música objetivando a criação de hábitos e somente 40,2% utilizam a música em atividades para desenvolver a percepção (altura, intensidades, duração e timbre). Quanto aos espaços destinados às práticas pedagógico-musicais, a pesquisa revelou que eles são diversificados: 32 professores utilizam somente a sala de aula, enquanto 50 professores, além da sala de aula, utilizam o pátio, a sala de vídeo, o parque, o refeitório, o jardim e até uma maloca dentro da unidade escolar. Com relação aos recursos materiais, o cenário mostrado pelos participantes revelou somente a existência de aparelho de DVD, televisor e aparelho de som como recursos oferecidos às atividades dos docentes nos espaços escolares de educação infantil. Assim, dos 83 participantes, 68 afirmaram que fazem uso dos três recursos, 7 professores informaram que utilizam apenas a tv e 3 usam somente o aparelho de som em suas práticas musicais. A maioria dos docentes, configurado em 56%, afirma seguir a proposta dos RCNEI (Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil), embora haja percentuais expressivos daqueles que desconhecem a proposta, correspondendo a 40% e outros 6% representando o quantitativo dos que conhecem, mas não seguem a proposta. Quanto às dificuldades enfrentadas pelos professores em sala de aula, a questão 24 do questionário revelou, mediante os dados que foram analisados pelo uso do Discurso do Sujeito Coletivo, as seguintes ideias centrais: formação, falta de instrumentos, formação e recursos, falta de tempo, carência de recursos, estrutura e espaço.