Levantamento etnofarmacologico e triagem fitoquímica de plantas medicinais utilizadas por pacientes que realizam tratamento oncológico no Hospital Regional do Baixo Amazonas, Santarém-Pa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: https://orcid.org/0000-0002-0806-4389 lattes
Outros Autores: BLANDES, Antonia Irisley da Silva
Orientador(a): OLIVEIRA, Elaine Cristina Pacheco de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Programa de Pós-Graduação em Biociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1154
Resumo: A etnofarmacologia é o ramo da ciência que estuda o conhecimento tradicional sobre o uso de plantas medicinais por uma determinada população e aplica o conhecimento técnico-científico, o que permite a investigação das propriedades farmacológicas dessas espécies vegetais, possibilitando dessa forma, a descoberta de novas alternativas para o tratamento de doenças, inclusive o câncer. Diante disso, este estudo teve por objetivo investigar as principais espécies de plantas medicinais utilizadas por paciente em tratamento oncológico, bem como realizar triagem fitoquímica das três espécies mais citadas pelos pacientes. Trata-se de uma pesquisa de campo,descritiva, exploratória e documental com abordagem quantitativa e qualitativa, desenvolvida nos meses de novembro e dezembro de 2021 e janeiro de 2022, no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). A pesquisa foi constituída de dois momentos sendo o primeiro que correspondeu a entrevista, a segunda foi a investigação das três espécies mais citadas e por último a triagem fitoquímica. A amostra foi composta por 592 pacientes, as três espécies selecionadas para a análise foram a Annona muricata L. (graviola), a Tabebuia impetiginosa (Ipê roxo) e a Arrabidaea chica (Crajiru). Para a triagem fitoquímica foi utilizado a cromatografia de camada delgada (CCD) e reações químicas que resultam no desenvolvimento de coloração e/ou precipitado. Em relação ao perfil dos participantes da pesquisa verificou-se que a média de idade foi de 56,11 anos, sendo a mínima 18 e a máxima 89 anos, quanto ao sexo notou-se que 60,30% são mulheres. No que diz respeito a escolaridade verificou-se que 28,55% possuem o ensino médio completo. Relacionado ao uso de plantas medicinais utilizadas como tratamento complementar a radioterapia e a quimioterapia verificou-se que 56,59%dos pacientes fazem o seu uso. Indagados sobre como adquiriram o conhecimento sobre o uso das plantas medicinais, verificou-se que 33,78% aprenderam com avós e bisavós, enquanto que 10,81% relataram ter aprendido através de curandeiros. Relacionado ao levantamento etnofarmacologico verificou-se 57 espécies diferentes, distribuídas em 39 famílias e utilizadas para tratar 41 tipos câncer. Quanto a triagem fitoquímica foi possível verificar que os três extratos analisados apresentavam a presença sugestiva dos metabólitos secundários.Portanto, Foi possível verificar que os pacientes atendidos noHRBA apresentam disparidade quanto a idade, apresentando uma amplitude que varia da adolescência a terceira idade, outra fator preponderante foi em relação ao grau de instrução, já que a maioria dos pacientes apresentaram grau instrucional baixo. Tambémficou nítido o conhecimento deles a do uso das plantas medicinais, além disso, ficou evidenciado que esses pacientes utilizam desse recurso como tratamento complementar ao câncer, o que representa risco para a sua saúde, considerando que as plantas utilizadas não foram prescritas pelo médico ou outro profissional qualificado.