Méis de abelhas (Melipona scutellaris e Apis mellifera) no reparo tecidual de feridas cutâneas infectadas em ratos wistar (rattus novergicus albinus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Kárita Juliana Sousa lattes
Orientador(a): TAUBE JUNIOR, Paulo Sérgio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Programa de Pós-Graduação em Biociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Mel
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1157
Resumo: Nas últimas décadas iniciaram estudos para analisar as propriedades terapêuticas do mel, especificamente na cicatrização. O mel é um produto de baixo custo, o que facilita o acesso para população. O objetivo desta pesquisa foi investigar o processo de reparo tecidual de feridas cutâneas infectadas com Staphylococcus aureus em ratos Wistar através da aplicação do mel de abelha. Tratou-se de um estudo experimental, intervencional, quantitativo, analítico, controlado e aleatorizado. A amostra foi formada por 30 ratos da espécie Rattus novergicus albinus da linhagem Wistar, machos, alocados em 3 grupos de 10 animais cada, divididos em 6 subgrupos de 5 animais cada: sendo quatro subgrupos experimentais e dois subgrupos controles. Os grupos tiveram feridas cutâneas infectadas com inoculação de 0,5 mL de suspensão de uma cepa padrão de Staphylococcus aureus (ATCC 25923), padronizada em laboratório de acordo com a escala de Mc Farland, em uma concentração de 1,5x108 UFC/mL. O grupo experimental foi subdividido para aplicação a dois tipos de mel: Melipona scutellaris, nomeado para o estudo como (M01) e a outra amostra de Apis melífera (A01). Foram realizadas análises físico-químicas, bioquímicas e ação antimicrobiana in vitro nos méis para seleção das duas amostras. Foram coletados swabs estéreis das lesões, sendo o material semeado em placas de Petri para observação da infecção induzida através da inoculação da suspensão de S. aureus. Após a eutanásia dos animais os tecidos foram corados com Picro-sirius-red e Hematoxilinaeosina para análise histológica. Na análise antibacteriana os resultados foram satisfatórios com a redução das bactérias nas placas de Petri. Na análise macroscópica houve redução da área da ferida em todos os grupos, mas os grupos tratados com mel apresentaram diferenças significativas melhores em relação ao grupo controle. Na avaliação da média de intensidade do infiltrado inflamatório, houve redução do infiltrado em todos os grupos, porém não houve diferença significativa. Na avaliação do colágeno, os grupos que receberam o tratamento com os méis de Apis e Melipona apresentaram uma maior deposição de feixes de fibras de colágeno, tendo diferença significativa em relação ao grupo controle. Conclui-se que os grupos tratados com mel apresentaram melhores resultados quanto a avaliação da área de contração da ferida e da deposição de fibras de colágeno.