Estudos arqueométricos de solos de terra preta de índio (TPI) e a modificação antropogênica no Oriente Amazônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: HOSN, Majd Nidal Aboul lattes
Orientador(a): FIGUEIRA, Bruno Apolo Miranda lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida
Departamento: Centro de Formação Interdisciplinar
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/818
Resumo: A região do oriente amazônico se caracteriza pela presença de solos antropogênicos onde a formação ocorre pela atividade humana dos povos indígenas originários por período de longa duração. As populações estabelecidas na porção oriental da Amazônia migraram de distintas áreas criando ambiente multicultural com variadas tecnologias de produção de ferramentas, artefatos e ecofatos, diversificando suas indústrias líticas e cerâmicas que auxiliava o cotidiano e estão evidenciados no vestígio arqueológico. Solos conhecidos como Terra Preta de Índio (TPI), são formados por atividades diárias e compostos por elevados teores de macro e micronutrientes, carvão, matéria orgânica, cerâmica arqueológica e material lítico. As propriedades químicas e mineral de solos de TPI oriundos do sitio Bitoca I e Bitoca II (região oriental da Amazônia), gerou novos dados de solos de sítios arqueológicos do oriente amazônico, testadas interdisciplinarmente com técnicas modernas de arqueometria como difratometria de raios-X (DRX), espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV), e técnicas tradicionais de análises químicas total e de fertilidade e nutrientes para determinação de CTC, SB, pH. Resultado demonstra o cotidiano dentro da aldeia, possíveis evidências de residência, fogueiras, entre outras estruturas arqueológicas, e a identificação de feições como sedimentos de tigela e sedimento de cerâmica com solo em prováveis contextos alimentares. Análises evidenciam minerais (caulinita, quartzo, anatásio, hematita, goethita e gibbsita), elevados teores de macro e micronutrientes, e presença de cauxi e cariapé, correlacionados com a literatura para solos TPI da região. Através de datações, nota-se uma cronologia das populações indígenas por um período milenar de ocupação contínua, fator que certamente contribuiu para o processo pedogenético de formação da TPI e na manutenção e no enriquecimento do ecossistema e da biodiversidade local, evidenciando a importância desses solos para o meio ambiente e para suas populações.