Fluxo de nutrientes em precipitação direta e interna na região Oeste Paraense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: https://orcid.org/0000-0002-9870-0798 lattes
Outros Autores: CRUZ, Elen Kercy Siqueira da
Orientador(a): OLIVEIRA JUNIOR, Raimundo Cosme de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
Departamento: Instituto de Engenharia e Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/211
Resumo: O objetivo dessa pesquisa foi contribuir com o conhecimento de um dos componentes de influência na sustentabilidade de um ecossistema florestal: a deposição de nutrientes via precipitação. Verificou-se os aportes dos nutrientes: potássio (K+), fósforo (P), magnésio (Mg2+), cálcio (Ca2+), ferro (Fe2+), alumínio (Al3+), cobre (Cu2+) e zinco (Zn2+) via precipitação em duas parcelas florestais (precipitação interna) e em duas parcelas de campos abertos (precipitação direta) no intuito de averiguar a influência nesta deposição pelas intensas práticas agrícolas próximas da FLONA Tapajós. A amostragem foi realizada no município de Belterra/PA, região do planalto da FLONA Tapajós, em dois pontos (km 67 e 126). No sítio km 67 a precipitação interna foi coletada na borda e na área interna da floresta a amostragem foi realizada em um transecto começando na borda entre a FLONA e a rodovia Santarém/Cuiabá e adentrando na FLONA, uma distância de 100 m. A precipitação direta foi amostrada em áreas abertas no entorno da FLONA nos dois pontos de coletas da precipitação interna. O sítio do km 67 encontra-se na zona de influência de intensas atividades agrícolas, enquanto o km 126 possui no entorno comunidade pertencente a assentamento caraterizado por apresentar atividades de agricultura familiar, servindo como um controle, ou seja, área fora da zona de influência de atividades agrícolas. As coletas foram realizadas em duas fases: a primeira ocorreu no interior do sítio km 67 da FLONA Tapajós para essa amostragem foram utilizados 25 coletores a um intervalo de 10 x 10 m no período de abril/2003 a março/2006 semanalmente. A segunda fase foi realizada mensalmente entre abril/2016 e dezembro/2016 para a precipitação direta e de borda, a amostragem foi feita tanto no transecto dentro da FLONA quanto na área aberta fora da FLONA na margem da rodovia. Para a amostragem feita no transecto dentro da FLONA foi utilizado 06 coletores/parcela e para a precipitação em campo aberto 04 coletores/parcela. Os coletores da floresta foram instalados a cada 10 m de distância cada um a partir da borda em direção ao interior da floresta e os do campo aberto inseridos em grupos as margens da área do entorno dos respectivos pontos das parcelas florestais. O mesmo esquema de amostragem foi empregado no sítio do km 126. O fluxo de K+ na borda do sítio 67 foi maior que no interior da FLONA na borda controle e na precipitação direta. A borda 67 também mostrou maior deposição de P em relação a borda controle e a precipitação direta, o que sugere que os fluxos de potássio e fósforo foram propensos a influências de atividades agrícolas do entorno. A precipitação interna mostrou-se uma importante via de entrada para os macronutrientes principalmente o potássio.