Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PINTO, Yuryanne Carvalho |
Orientador(a): |
GOCH, Ynglea Georgina de Freitas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos
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Departamento: |
INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DAS ÁGUAS
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País: |
BRASIL
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/310
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Resumo: |
O mercúrio é um elemento químico que apresenta alta toxicidade para os organismos vivos. Bioacumula conforme o peso e idade do indivíduo, se biomagnifica ao longo dos diferentes níveis tróficos da cadeia alimentar, além de ser transferido de forma direta para o organismo através da água. O presente estudo teve por objetivo investigar a dinâmica de mercúrio total (HgT) na UHE de Curuá-Una. Investigando as concentrações de HgT em tecido muscular de peixes em diferentes trechos na UHE de Curuá- Una; verificar as espécies que apresentaram concentrações dentro do limite permitido pela legislação da OMS e ANVISA; se as variáveis limnológicas influenciavam as concentrações de HgT e a bioconcentração de HgT em peixes e perifíton nos diferentes trechos na UHE de Curuá- Una. As coletas foram realizadas em três diferentes trechos (reservatório, transição e jusante) na UHE de Curuá- Una, localizada no Oeste do Estado do Pará. Todas as amostras biológicas (água, peixe e perifíton) foram analisadas através da técnica de Fluorescência Atômica a Vapor Frio (CVAFS). Foram analisados 298 espécimes peixes distribuídos em quatro espécies: Auchenipterus nuchalis (Spix & Agassiz, 1829) (n=58), Curimata knerii (Steindachnner, 1876) (n=62), Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794) (n=73) e Serrasalmus rhombeus (Linnaeus, 1766) (n=105). Apenas Hemiodus unimaculatus e Serrasalmus rhombeus apresentam diferença significativas entre os diferentes trechos, sendo que H. unimaculatus apresentou maiores concentrações no trecho reservatório (150,24±96,26 ng.g-1 ) e menores à jusante (78,40±47,46 ng.g-1 ), e em S.rhombeus, foram observadas as maiores concentrações à transição (427,45±245,51 ng.g-1 ), e as menores à jusante (181,73±76,18 ng.g-1 ). Com relação as concentrações de HgT independente de espécie, foi evidenciado que o trecho jusante (148,53±132,99 ng.g-1 ) difere-se significativamente (H= 23,46; p=0,0000) dos trechos transição (292 ,47±240,35 ng.g-1 ) e reservatório (249, 52±232,36 ng.g-1 ). As concentrações de HgT entre os níveis tróficos, apresentou diferenças significativas (H= 136,30; p= 0,000) entre as concentrações dos organismos de hábito alimentar detritívoro (94,36±74,20 ng.g-1 ) e as de hábito piscívoro (324,97±245,61 ng.g-1 ) e insetívoro (338,26±203,04 ng.g-1 ), as duas últimas com maiores concentrações. Houve diferença significativa na bioconcentração entre os níveis tróficos (H= 81,93; p= 0,00), demonstrando que as espécies que estavam no nível trófico inferior da cadeia trófica estão bioconcentrando menos (1,40± 027 ng.g-1 ) que as espécies de topo de cadeia (2,01± 0,32 ng.g-1 ). No entanto não foram observadas diferenças significativas na bioconcentração no perifíton entre os diferentes trechos, mas foi notório observar que o maior fator de bioconcentração foi à transição (1,87 ng.g-1 ), seguido da jusante (1,73 ng.g-1 ) e reservatório (1,62 ng.g-1 ) da barragem. |