Trocas gasosas de CH4 E N2O entre solo e atmosfera em diferentes tipos de cobertura nos municípios de Belterra e Santarém, Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SANTOS, Fabiane Campos dos lattes
Orientador(a): OLIVEIRA JUNIOR, Raimundo Cosme de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
Departamento: Instituto de Engenharia e Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/337
Resumo: A mudança de uso e manejo do solo vem ocorrendo de forma dinâmica e com elevada intensidade, sobretudo na região Amazônica, o que pode resultar em fonte ou dreno de gases do efeito estufa para a atmosfera. Este trabalho objetivou quantificar as trocas gasosas de metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) entre solo e atmosfera em diferentes tipos de cobertura, e examinar as variáveis ambientais reguladoras das trocas gasosas nas áreas amostradas. Essas medidas foram realizadas através de câmaras instaladas no campo, e posteriormente as amostras analisadas por cromatografia gasosa (N2O e CH4) no laboratório. Não houve diferença significativa no fluxo de CH4 mediante os efeitos da mudança no uso da terra em campos agrícolas de soja (0,23 ± 0,08 mg-C/m2/h), pastagens (0,31 ± 0,18 mg-C/m2/h) e capoeira (0,42 ± 0,17 mg-C/m2/h) no entorno da BR-163 e da PA-370. Encontrou-se diferença estatística entre o fluxo de N2O relacionado ao tipo de cobertura do solo, onde o fluxo de capoeira (19,57 ± 0,76 mg-N/m2/h) foi menor que o da pastagem (36,81 ± 1,84 mg-N/m2/h) e agricultura (40,08 ± 1,30 mg-N/m2/h). Houve diferença entre os fluxos de CH4 encontrados na soja em sistema de plantio direto (0,29 ± 0,11 mg-C/m2/h) em relação ao sistema de plantio convencional (0,11 ± 0,07 mg-C/m2/h); também se encontrou diferença no fluxo de N2O do plantio direto (40,7 ± 10,7 mg-N/m2/h) que foi maior que o plantio convencional (38,8 ± 10,7 mg-N/m2/h). Frente às mudanças no uso da terra cada vez mais frequentes, há a necessidade de intervir visando reduzir as emissões desses gases ou aumentar seus sumidouros.