Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Amaral Júnior, Francisco Amaral |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234755
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Resumo: |
O óxido nitroso (N2O) e o metano (CH4) são dois importantes gases de efeito estufa (GEE). O N2O, no setor agropecuário, é formado a partir do nitrogênio (N) presente nas excretas dos animais e nos fertilizantes nitrogenados, enquanto o CH4 emitido é oriundo da fermentação entérica dos animais e das fezes durante o processo de decomposição. A dieta pode ser um dos principais fatores que influenciam a composição química das excretas e assim alterar os fluxos das emissões dos principais GEE, como o N2O e CH4. Portanto, o presente estudo teve como objetivo investigar se a composição química das fezes de diferentes herbívoros pode ser indicadora das emissões de N2O e CH4. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram fezes de ovinos, caprinos, bovinos de corte, bovinos de leite e equinos. Os tratamentos testados foram incubados em vasos de Mason em ambiente controlado, sendo os fluxos dos gases quantificados até 100 dias de incubação. Para a razão CH4/MS fezes, os tratamentos diferiram entre si. Observou-se que o tratamento fezes de bovinos de leite foi maior que os demais tratamentos, seguidos de bovinos de corte. Enquanto os tratamentos com fezes de caprinos, ovinos e equinos não apresentaram diferenças significativas entre si. Verificou-se que os tratamentos diferiram entre si para a razão N2O/MS fezes. O tratamento com fezes de caprinos apresentou maior emissão em relação aos demais, seguido pelos tratamentos contendo fezes de ovinos, bovinos de corte, bovinos de leite e para as fezes de equinos. Os tratamentos diferiram entre si quanto a razão N2O/N-total. As maiores razões foram para fezes de caprinos que não houve diferença significativa para bovinos de corte que por sua vez foram maiores que todos os outros tratamentos. As menores razões N2O/N-total foram os tratamentos com fezes de bovinos de leite, ovinos e equinos que não houve diferença significativa entre si. Houve correlação negativa entre as emissões cumulativas de CH4 e o teor de matéria orgânica (r = -0,65) e fibra insolúvel em detergente neutro (r = -0,59) presente nas fezes. Além disso, também apresentou moderada correlação positiva com nitrogênio não proteico (r = 0,52). Para as emissões cumulativas de N2O, houve forte correlação positiva com o nitrogênio total (r = 0,82), nitrogênio insolúvel em detergente neutro (r = 0,77) e moderada correlação positiva com nitrogênio insolúvel em detergente ácido (r = 0,63) presente nas fezes. No entanto, apresentantou forte correlação negativa com a fibra insolúvel em detergente ácido (r = -0,70) e relação carbono/nitrogênio (r = -0,70). Nossos resultados corroboram com outros trabalham que demonstram o aumento das emissões de N2O a medida que se aumenta a o teor de NT e reduz a relação C/N. Este estudo também demonstra a necessidade de que mais pesquisas sejam desenvolvidas avaliando as interações entre umidade e microbiota das fezes com as emissões de N2O. Quanto as emissões de CH4, foi possível observar que fezes com frações de C e N menos recalcitrantes são mais facilmente degradados, o que diminuir a quantidade de substrato para os microorganismos metanogênicos, e reduz as emissões de CH4. |