Autoecologia do lagarto Ameiva ameiva (Linnaeus,1758)(Reptilia: Squamata: Teidae) em um ambiente antropizado de várzea no Município de Santarém, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, Maiume Silva da
Orientador(a): SANTOS JÚNIOR, Alfredo Pedroso dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Aquáticos Continentais Amazônicos
Departamento: INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DAS ÁGUAS
País: BRASIL
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/245
Resumo: Ecossistemas sazonalmente alagáveis podem afetar seletivamente as populações em uma comunidade, selecionando espécies com baixo nível de tolerância às modificações ambientais ao longo do ano. Algumas espécies de lagartos teídeos são aptas a sobreviver e reproduzir em hábitats alagáveis, como a espécie amplamente distribuída Ameiva ameiva. No entanto, o conhecimento sobre aspectos gerais da biologia de lagartos Teiidae em florestas alagáveis da Amazônia é incipiente, uma vez que a maioria dos estudos está concentrada em florestas de terra firme. No presente estudo são apresentados dados sobre a atividade diária, uso de hábitats e reprodução de A. ameiva em um ambiente de várzea no baixo Rio Amazonas. Foram realizadas 12 campanhas mensais de amostragem, entre dezembro de 2015 e novembro de 2016. Foram encontrados dois picos de atividade diária: o primeiro entre 10:00 e 12:00 h e o segundo às 15:00 h. A maioria dos lagartos foi observada em áreas abertas, sobre a camada de folhiço, em áreas cobertas por vegetação gramínea e plantações. Esses resultados foram independentes de sexo e maturidade sexual. Não foram encontradas diferenças significativas no uso de microhábitats entre as fases do pulso de inundação anual. No entanto, uma PCA baseada em 10 variáveis morfométricas detectou dimorfismo sexual. Em relação à amostragem total 50% (n = 31 de 62) das fêmeas e 97% (n = 66 de 68) dos machos estavam reprodutivamente maduros. Esses indivíduos foram encontrados em quase todos os meses, exceto em fevereiro e outubro para fêmeas. Embora esses resultados sugiram reprodução contínua ao longo do ano, maiores folículos e volumes de testículos sugerem um pico reprodutivo do final da estação cheia até o início da enchente. Este estudo mostrou que A. ameiva em áreas de várzea apresenta diferenças e, comparação às populações de outros ecossistemas, em relação à atividade diária, uso de micro-habitats e reprodução.