Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, CRISTIANO FIGUEIREDO DOS
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Orientador(a): |
MACHADO, VERA DE MATTOS
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Banca de defesa: |
LACERDA, LEIA TEIXEIRA
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RIBEIRO, PAULA REGINA COSTA
,
PEREIRA, PATRICIA SANDALO
,
SILVA, ELENITA PINHEIRO DE QUEIROZ
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências
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Departamento: |
INFI
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11421
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Resumo: |
Essa pesquisa teve como objeto de investigação a sexualidade dos/nos currículos da formação inicial docente em ciências biológicas no Mato Grosso do Sul, tendo por objetivo geral a descrição e análise de como e se sexualidade é abordada nos currículos da formação inicial docente em ciências biológicas nas Universidades públicas no Mato Grosso do Sul. A postura teórica que sustentou este trabalho se aproxima da orientação pós-crítica, assumindo não somente, mas principalmente, inspirações foucaultianas para uma perspectiva de análise discursiva. O corpus de análise de nossa pesquisa constituiu-se por duas vias, sendo, por um lado, extraídas dos projetos pedagógicos dos cursos investigados e, por outro, das experiências relatadas por profissionais das Universidades em entrevistas. Os resultados indicaram que sexualidade é abordada em todos os cursos de graduação em licencitura em ciências biológicas das Universidades investigadas. A maioria dos projetos pedagógicos analisados faz menção, nos objetivos ou ementas, à sexualidade/gênero. As abordagens se fazem por discussões que incluem “orientação sexual”, “educação sexual”, “relações de gênero”, “questões de gênero” e “sexualidade”. A sexualidade é acionada nos cursos por, pelo menos, quatro vieses, que incluem “emergência de uma situação/sala de aula”, “inclusão/diversidade/direitos humanos/discriminação”, “atividades complementares/trabalho de conclusão de curso/semana acadêmica” e “corpo/saúde/doença”. Em relatos, práticas discursivas foram enunciadas permeadas por violências de gênero e episódios de homofobia e transfobia. Foi possível apreender enunciados acerca do que é ou não conhecimento específico nos cursos de graduação, sobre saúde, direitos humanos, relações de gênero e sobre corpos que permitiram explorar suas condições de possibilidade e evidenciar elementos da função enunciativa em seus procedimentos de controle do discurso. Considera-se que a formação inicial docente para o trabalho com a educação para sexualidade é pertinente e necessária em cursos de ciências biológicas. Nesse sentido, a defesa que se faz é por uma abordagem currícular que se desvincule de aspectos essencializantes e biologizantes e que se aproxime da perspectiva da educação para sexualidades. |