Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Breguedo, Leidi Laura |
Orientador(a): |
Enedino, Wagner Corsino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1640
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Resumo: |
As peças do dramaturgo contemporâneo e polêmico Plínio Marcos sempre trouxeram temas voltados à vida dos marginalizados, retratando temas como prostituição, homossexualidade e violência. Ao escrever uma peça infantil, Plínio Marcos não fugiu de seu projeto estético inicial, uma vez que utilizou, de forma simbólica, animais para criticar o poder da censura, a política e o capitalismo. A obra Assembléia dos ratos é uma peça escrita no ano de 1989, ano das eleições para presidência da república depois de vinte anos de regime de exceção. O texto aborda duas festas: uma se passa no campo, com ratos simples, comidas e brincadeiras tradicionais divertidas e sem “problemas”; a outra se passa na cidade, com ratos, comidas e músicas sofisticados. Ocorre, todavia, que nessa festa, há a presença de um gato que atrapalha a diversão. A partir daí, pode-se observar que a obra metaforiza a constituição da sociedade civil organizada brasileira. Nesse segmento, este trabalho constitui-se numa análise reflexiva sobre a literatura infantil do dramaturgo Plínio Marcos, focalizando o locus em que se constituem as personagens e as vozes que se manifestam ou se silenciam. Além disso, são abordadas questões acerca da teatralidade e do momento histórico em que a obra foi concebida. Importa acrescentar que, embora destinada ao público infantil, a obra Assembléia dos ratos apresenta características que a aproximam de obras anteriormente escritas pelo dramaturgo e destinadas ao público adulto, o que denota a continuidade de seu projeto estético. Dessa forma, o trabalho ancora-se nas contribuições de Prado (1972), Palottini (1989), Ryngaert (1996), Pavis (1999) Magaldi (1998 e 2004) e Ubersfeld (2005) acerca do discurso teatral; nos estudos de Cirlot (1984), Chevalier e Gheerbrant (1991) no que se refere à estruturação simbólica contida na peça; nos estudos culturais e históricos com as contribuições de Zilberman (1991), Dapieve (1995) e Pilagallo (2009), nos estudos de Wellek (1955), Nitrini (2010), Bakhtin (1992), Moisés (1997) no que se refere à função da literatura e nos estudos de Margato e Gomes (2004) e Said (2005) no que tange ao papel do intelectual diante da sociedade. |