Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Gessé Almeida |
Orientador(a): |
Costa Eliene Benício Amâncio |
Banca de defesa: |
Reis, Angela de Castro,
Leão, Raimundo Matos,
Alcântara, Paulo Henrique Correia |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Teatro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21773
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Resumo: |
A presente tese investiga a censura sofrida pelo dramaturgo Plínio Marcos de Barros (1935-1999), tendo como recorte o intervalo entre 1958 e 1969, fase que representa o seu estabelecimento como autor de teatro responsável por, pioneiramente, abordar o universo dos marginalizados sociais do Brasil. Este ciclo de produção coincide com o período no qual se deram os princiais embates entre as suas obras de análise social de uma classe desassistida e a censura teatral, responsável pela proibição de diversas das peças do dramaturgo. Assim, a investigação entrecruza os temas examinados dramaturgicamente pelo autor, reiteradamente interessado pelos párias sociais, seus personagens de complexos arranjos psicológicos e de linguagem vulgar - retratos de uma sociedade injusta - e os elementos de sua personalidade artística e seu caráter insubmisso, mormente frente ao tolhimento da liberdade de expressão dos artistas. Estes rudimentos, em fricção com a censura e a repressão pós golpe de 1964, potencializaram um modo de operação na obra do dramaturgo, chamado aqui de poética da rebeldia, a qual este trabalho explicita. Para tal empreendimento, parte-se do levantamento historiográfico dos principais eventos em torno da censura teatral no Brasil, compreendida como ação inerente à prática do poder no território nacional, da colônia ao golpe militar de 1964. Em seguida, aborda-se a trajetória biográfica do dramaturgo, relevando seu papel junto a sua geração de artistas de teatro responsável por produções engajadas politicamente no campo progressista, fortemente interessada nas questões sociais, fruto de um espírito do tempo associado à resistência como ação emancipatória. Como arremate, aventa-se as bases conceituais da poética da rebeldia, evidenciando tanto os seus alicerces filosóficos quanto os estéticos. Articulando o pensamento de outros autores tais como Camus, Onfray, Deleuze e Guattari, Sousa Santos, Spivack, Gaspari, Boal, Marcuse, Mostaço e o próprio Plínio Marcos, o trabalho aventa as bases conceituais da poética da rebeldia, expondo seus fundamentos filosóficos, bem como estéticos. |