Sífilis na gravidez: estudo realizado em 879.831 gestantes atendidas de 2003 a 2016 no Programa de Proteção a Gestante do Estado de Goiás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Botelho, Carlos Augusto de Oliveira
Orientador(a): Cunha, Rivaldo Venâncio da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2990
Resumo: A sífilis tem representado um grande desafio à saúde pública no Brasil pela sua elevada prevalência e graves sequelas perinatais. Este trabalho buscou conhecer a prevalência dessa infecção e a ocorrência de abortos espontâneos, por faixa etária e distribuição espacial no Estado de Goiás. Este é um estudo ecológico e retrospectivo, compreendendo série histórica de mulheres grávidas triadas pelo Programa de Proteção à Gestante no estado de Goiás nos anos de 2003 a 2016. Dentre os quais rastreadas 879.831, No cruzamento de dados entre as que declararam ou não aborto com relação à faixa etária, foi observado que houve mais abortamento naquelas com 30 anos ou mais de idade, sendo estatisticamente significativa (p<0,05). Já quanto ao tipo de parto e o trimestre de gestação não houve um padrão, apesar de todas as diferenças serem significantes. Este resultado fica mais evidente a partir do cálculo do Odds Ratio, que demonstrou uma associação estatisticamente significante (p<0,005) entre declaração de aborto e diagnóstico de sífilis em quase todos os anos; essa associação foi diminuindo ao longo dos anos, e por isso deverá ser objeto de novos estudos para melhor compreender as razões dessa tendência de queda na citada associação. No período estudado, eram esperados pelo Ministério da Saúde 1.308.411 mulheres grávidas no estado de Goiás, sendo que o programa foi implantado gradativamente por regiões, iniciou-se já no final de 2003, nesse ano ficando com uma baixa cobertura. Sendo um programa publico, deve-se também considerar as pacientes particulares e de convênios, chegando a 25%; 879.871 (67,17%) participaram do PEPG, tido como excelente. Destas, 821.735 (93,40%) foram validados para este trabalho, das quais 112.260 (13,66%) relataram ter um ou mais abortos. Observou-se uma tendência de aumento da sífilis em gestantes atendidas pelo PEPG.