Economia solidária em questão: estudo sobre as possibilidades e limites de inserção e emancipação social no capitalismo, a partir de estudo multicasos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Benini, Élcio Gustavo
Orientador(a): Figueiredo Neto, Leonardo Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/868
Resumo: O presente trabalho teve como propósito tecer algumas reflexões sobre as possibilidades e os limites de inserção e emancipação social de trabalhadores associados inseridos no capitalismo, constituindo o que vem sendo conceituado como economia solidária. Nesse sentido, devido ao fato da economia solidária ser considerada uma alternativa de geração de renda e de trabalho, as reflexões levantadas buscam entender a essência da sua proposta, especialmente as determinações objetivas e subjetivas que a colocam em movimento. Para tanto, o caminho aqui seguido foi aquele que considera a totalidade concreta, saturada de determinações historicamente constituídas. Assim, algumas categorias, como a totalidade e a centralidade do trabalho, foram balizas fundamentais no caminho metodológico escolhido. Com efeito, a investigação sobre a economia solidária buscou as inter-relações e conexões desta com a totalidade, com o modo de produção predominante, que é o capitalismo. Os resultados dessas reflexões consideram que essa proposta surge em um momento de crise estrutural, sendo, por isso, considerada uma dupla alternativa: como organizações funcionais ao sistema, logo, um alternativa produtiva de geração de renda e de trabalho; e/ou como uma forma de resistência dos trabalhadores. Sobre sua funcionalidade, a principal causa é o fato de se tratar de um movimento fragmentado, não articulado, atendendo às atuais determinações objetivas de produção material, sendo, grosso modo, constituída por organizações que atendem às demandas da atual acumulação flexível. Nesse sentido, a qualidade da autogestão realizada é restrita; pois uma autogestão, a rigor, precisa, necessariamente, transcender os muros da fábrica. Não obstante, por se tratar de um movimento que surge em meio a uma crise estrutural, e que possibilita a gestão aos trabalhadores, considera-se aqui que ela consegue romper com algumas facetas da alienação, apontando para uma consciência coletiva em construção e colocando em pauta novas contradições, mas também novas possibilidades históricas.