A escola pública contemporânea (rural) e o processo de trabalho no campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Lovato, Deonice Maria Castanha
Orientador(a): Arruda, Elcia Esnarriaga de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/707
Resumo: Este estudo tem como objeto de pesquisa a escola pública contemporânea (rural) e a proposta da Educação Básica do Campo, buscando estabelecer relação com a organização do trabalho no campo. Toma como ponto de partida a análise das atividades agropecuárias desenvolvidas no campo empírico delimitado e a escola que aí se insere. Apoiou-se na categoria trabalho para compreender como estão sendo postas e criadas as necessidades históricas das novas relações no mundo do trabalho. Estabeleceu-se como objetivos: a abordagem histórica da educação rural, a análise das políticas que preconizam a necessidade de uma escola específica para o campo e a função da escola pública contemporânea (rural) no movimento da sociedade capitalista. O procedimento metodológico teve as seguintes etapas: em primeiro lugar realizou-se uma pesquisa com base na entrevista semi-estrutura com os proprietários de terras e a luz da teoria sobre a expansão do capitalismo no campo com o objetivo de compreender o processo de trabalho no meio rural. Em seguida, foi realizada uma revisão bibliográfica de autores, documentos oficiais, teses e dissertações que abordam o tema sobre a educação rural com o objetivo de identificar historicamente a educação no meio rural; e ainda realizaram-se entrevistas no campo empírico com o objetivo de saber como estava organizada a escola rural. Na última etapa, analisaram-se os autores que defendem uma escola específica para o campo e os contrários a essa concepção, bem como os teóricos que analisam a escola pública no modo de produção capitalista com o objetivo de entender a função da escola pública contemporânea (rural) no movimento do capital. A pesquisa, na medida em que permitiu entender como o processo de trabalho se organiza no campo, possibilita-nos ilustrar, de forma inequívoca, primeiro que a incorporação de tecnologia prescinde cada vez mais de trabalho humano e de escolaridade; segundo, a proposta da Educação Básica do Campo em relação à especificidade do meio e à fixação do homem no campo, ao incorrer em um erro teórico e de distorções na prática. A presente pesquisa, a partir do movimento do singular e do universal na sociedade capitalista permite afirmar que o enfoque da especificidade do trabalho rural não existe, logo, não faz sentido discutir uma escola diferente e sim uma escola inserida num único processo educacional.