O aprender e o não aprender de adolescentes em um projeto de distorção idade-série: perspectivas e desafio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lopes, Paola Nogueira lattes
Orientador(a): Urt, Sônia da Cunha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação (Campus Campo Grande)
Departamento: Faculdade de Educação - FAED
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4436
Resumo: A distorção idade-série faz parte de um contexto desafiador da educação brasileira, compreender que fatores levam milhares de estudantes entrarem nessa estatística é um desafio há décadas. A democratização do acesso à escola não significou o mesmo que a democratização da sua equidade, o direito a escolaridade básica, ainda não conseguiu mudar sua própria forma de receber, conceber e lidar com os diversos estudantes procedentes de diferentes camadas da população e com todas as diferenças culturais e individuais.Diante de tal problemática este trabalho busca analisar as concepções dos estudantes sobre seus processos de aprendizagem, aprender ou não aprender, inseridos em um Projeto intitulado de Avanço do Jovem na Aprendizagem- AJA-MS, com uma metodologia denominada de Metodologia da Problematização. Importante ressaltar que são jovens que retornam ao processo de escolarização em distorção idade-série. De forma geral, o questionamento que norteia este estudo é: Ofertar uma metodologia diferenciada para jovens estudantes que estavam fora do processo de escolarização seria um caminho para garantir o seu aprendizagem?. No que se refere ao referencial teórico, utiliza-se, para compreensão do aprender como processo humano, os pressupostos da Teoria Histórico-Cultural. A pesquisa foi realizada dentro da Escola Estadual Riachuelo com quatro estudantes que frequentavam há pelo menos um ano o Projeto AJA-MS. A trajetória percorrida para responder à questão da pesquisa e aos objetivos especificados se deram através da entrevista individual (discurso), pela análise documental disponibilizada pela escola do desenvolvimento e evolução pedagógica- “gráfico da aprendizagem” (registro) e as acolhidas -momentos pedagógicos no Projeto (expressão). Nossa conclusão é que nos relatos colhidos e na análise documental dos estudantes pesquisados do Projeto AJA-MS, o avanço no processo de escolarização tem acontecido pela concepção dos jovens pesquisados. No discurso dos nossos quatro jovens a escola tem favorecido e despertado a busca de conhecimentos cognitivos, através das diferentes formas que os conteúdos e conceitos são apresentados pelos professores e equipe multidisciplinar. Aprender é também desaprender, e o formato ofertado, que incluem alternativas e perspectivas diferentes da forma habitual das escolas regulares, tem proporcionado e favorecido aos jovens pesquisados situações dentro e fora da sala de aula de contemplem sua aprendizagem.