A história dos professores de espanhol nas fronteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Barreda, Suzana Vinicia Mancilla
Orientador(a): Pessanha, Eurize Caldas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/852
Resumo: Esta pesquisa propõe-se a contar a história dos professores de Espanhol em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, percorrendo um território fronteiriço, no sentido que permite a interpretação subjetiva de fronteira que, neste trabalho foi definida como Fines, fronteira e território, por onde transita o professor de Espanhol carregado dos seus signos e significados. Para tanto, o apoio conceitual de Bourdieu, foi fundamental na delimitação do espaço e na concepção simbólica das representações dos sujeitos da pesquisa. Da mesma forma, Nôvoa, Pérez Gómez e Gimeno Sacristán e Marcelo García são referências importantes no desenvolvimento da pesquisa e no diálogo que se estabelece com as vozes dos professores. Para contar a história dos professores de Espanhol em Campo Grande, foram entrevistados 06 professores com bastantes anos de experiência na docência na área, sendo 05 são licenciados em outras áreas e 01 habilitado em Espanhol. Quanto à origem, 03 são imigrantes de países hispanofalantes e 03 são brasileiros, um deles identificado como espanhol por ter morado a maior parte da sua vida na Espanha. Esses professores participaram de uma entrevista semi-estruturada, gravada e posteriormente transcrita. Os resultados da pesquisa são apresentados em três partes: a primeira delas situa os sujeitos, nas fronteiras culturais, lingüísticas e simbólicas; num segundo momento, são apresentados tanto o lócus do professor de Espanhol como as instituições formadoras desse profissional, mediados pela constituição identitária da língua, na sua diversidade e complexidade. Por fim, por meio das vozes dos professores caminha-se pelo território fronteiriço onde estão em jogo os sistemas simbólicos dos sujeitos, do território por onde eles transitam e o contexto institucional que os identifica como professores habilitados e “professores nativos”. Concluiu-se que a institucionalização da Língua Espanhola em Campo Grande é influenciada, em parte, pelos seus professores, quando se observa que os professores em exercício são profissionais que estão ocupando o mercado de trabalho, como dito anteriormente, muitos deles sem uma titulação correspondente, mas que exercem a docência em espaços específicos como os institutos de idiomas, escolas particulares, ou como professores particulares, alcançando um determinado prestígio e aceitação; por outro lado, os professores habilitados ainda estão na luta por alcançar um espaço de trabalho, em vista de que o mercado de trabalho que poderia absorvê-los, a escola regular pública, estadual ou municipal, não oferecem, ainda, um campo de trabalho promissor.