O uso de neologismos por empréstimos em Kaiwá: um estudo preliminar da versão do Novo Testamento Bíblico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Camila André do Nascimento da
Orientador(a): Ferreira, Rogério Vicente
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1040
Resumo: Esta dissertação reflete sobre o fenômeno do empréstimo linguístico, pela língua kaiwá, segundo a perspectiva do contato de línguas, ocasionado tanto pela proximidade, quanto pela situação de bilinguismo que suscita entre os indígenas e a sociedade envolvente, na busca pela comunicação e compreensão de suas diferenças. O objetivo da pesquisa é identificar e analisar empréstimos cedidos do português para a língua kaiwá. Os dados foram coletados na versão kaiwá do Novo Testamento da Bíblia Sagrada e ratificados por meio de entrevistas com informantes bilíngues que residem nas aldeias Jaguapiru e Bororó na reserva indígena de Dourados-MS. Para tanto, seguimos, como referencial teórico, obras referentes a processos de formação de palavras, especialmente neologismos por empréstimo (fonológico, sintático e semântico), no que diz respeito a processos de formação neológica, ao neologismo dentro do conceito de palavra, bem como a algumas considerações acerca de estrutura linguística e semântica, com destaque para Alves (1994), Barbosa (1998), Basilio (1991), Biderman (1978), Câmara Júnior (1975), Carvalho (1989, 2009) e Ullmann (1964). De um total de 137 neologismos por empréstimo analisados, 88 foram classificados como xenismos; 29 como empréstimos semânticos; 12, sintáticos – subdivididos em 3 por flexão, 1 por derivação prefixal, 4 por derivação sufixal, 1 por derivação parassintética, 2 por composição e 1 por conversão e 8 como empréstimos fonológicos.Tendo em vista os resultados obtidos com a análise dos dados, é possível afirmar que os neologismos por empréstimo semântico são fontes mais produtivas, em relação aos níveis sintáticos e fonológicos, embora predominem os casos de xenismo, confirmando a forte influência do contato com o português sobre a língua kaiwá.