Resumo: |
A pneumonia hospitalar é a infecção mais comum em unidades de terapia intensiva (UTI) e apresenta um grande impacto na saúde pública, pois está relacionada ao aumento da morbidade, mortalidade e elevação dos custos hospitalares. O presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência de pneumonia adquirida no hospital (PAH) em todas as unidades gerais de terapia intensiva de adultos do município de Campo Grande – MS. Foram caracterizados os pacientes internados nestas unidades, analisaram-se os fatores de risco e os casos de óbitos relacionados com a pneumonia adquirida no hospital. Estudo transversal, de prevalência de um dia que avaliou 87 prontuários. Destes, 37 possuíam o diagnóstico de pneumonia associada à assistência, resultando uma prevalência de 42,5%. A idade média de todos os pacientes internados nas UTIs no dia estudado foi de 63,09±18,03 anos. Pacientes com pneumonia associada à assistência apresentaram tempo de internação no hospital e na UTI significativamente maior do que aqueles que não apresentaram PAH. Entre os pacientes com pneumonia hospitalar, 83,8% faziam uso da ventilação mecânica, contra 36,0% nos pacientes sem PAH. Pacientes com pneumonia relacionada à assistência também fizeram mais uso de dispositivos invasivos como cateter venoso central, cateter de pressão venosa central e sonda nasogástrica. Em relação ao desfecho, 48,6% pacientes com pneumonia hospitalar evoluíram para óbito, e 18,0% foram a óbito entre os que não tinham PAH. A prevenção da pneumonia adquirida no hospital é extremamente difícil por estar relacionada a múltiplos fatores. Porém é fundamental que se conheça o perfil e as características clínicas dos pacientes, para que se possa implantar e implementar medidas de prevenção e controle das pneumonias relacionadas à assistência à saúde. |
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