Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Flávio de Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-25052023-171537/
|
Resumo: |
Dentre as infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS), a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é a mais comum nas unidades de terapia intensiva (UTI). O controle do biofilme oral tem sido apontado como medida eficaz na prevenção da infecção. No entanto, o risco de adquirir PAV em indivíduos com comprometimento da saúde oral por doenças bucais instaladas permanece incerto. Este estudo se propôs investigar se existe associação entre o status de saúde oral e o risco de PAV por meio da análise de indicadores de saúde bucal e de infecções respiratórias em UTI. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que analisou dados secundários de pacientes hospitalizados na UTI da Irmandade do Hospital Santa Casa de Poços de Caldas entre o período de janeiro e agosto de 2022. O estudo deu início após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Saúde Publica da USP. O status de saúde oral foi obtido através da aplicação do Índice de Saúde e Asseio Oral que mensura o comprometimento de saúde e asseio oral numa escala de 0 a 30, atribuindo aos diferentes níveis respectivas categorias: 0-4 baixo, 5-11 moderado, 12-18 alto e 19-30 grave. Dos 182 indivíduos analisados, 39,6% (n = 72) tiveram diagnóstico de PAV. Pacientes com desfecho permaneceram na UTI mais que o dobro de dias 33,66 ± 23,61 do que aqueles sem o desfecho 14,09 ± 21,23 (OR 1,06; IC95% 1,03-1,08 p<0,001). Na análise de indivíduos não expostos ao tratamento odontológico, observou-se que maior tempo médio de internação foi associado à maior chance de PAV sendo o tratamento apontado como modificador de efeito na relação entre ISAO e PAV (OR 1,11; IC95% 1,07-1,17 p<0,001). Não houve associação entre ISAO na admissão e PAV (OR 1,08;0,38-3,07). Novos estudos que investiguem esta associação são necessários, uma vez que o comprometimento da saúde oral pode levar a processos inflamatórios que prejudicam a recuperação e evolução do paciente na UTI. |