Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Wolf, Marcos José |
Orientador(a): |
Ragusa Netto, José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2694
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Resumo: |
Os processos de predação pós-dispersão e dispersão secundária de sementes são importantes por influenciarem na estrutura de comunidades vegetais. Ambientes de borda e interior possuem comunidades de predadores dissimilares, o que implica em pressões distintas sobre as sementes. O “Baru” Dipteryx alata Vogel tem seus endocarpos depositados em pilhas por morcegos sob seus abrigos de alimentação onde são secundariamente dispersos ou predados por roedores. Este estudo objetivou avaliar o efeito de borda sobre a remoção de endocarpos de D. alata por agentes secundários em três fragmentos de cerrado nas estações seca e chuvosa. Para tanto, simulamos a deposição de endocarpos de “Baru” em pilhas dispostas em trilhas na borda e interior de três fragmentos de cerrado em períodos climáticos contrastantes do ano, e analisamos as proporções de dispersão e predação por roedores. As diferenças entre a detecção das pilhas de endocarpos foram avaliadas através de tabela de contingência. As variáveis dos destinos das sementes em cada habitat e estação foram comparadas através de análise de variância com dois fatores (two way ANOVA). As distâncias de dispersão foram analisadas através do teste de Kuskal-Wallis. A detecção das pilhas diferiu significativamente entre os habitats de borda e interior e entre as estações seca e chuvosa, sendo maiores no interior bem como na estação chuvosa. As proporções dos destinos dos endocarpos nos três remanescentes diferiram significativamente entre os habitats de borda e interior, sendo altas nos interiores e baixas nas bordas. A proporção de endocarpos dispersos foi maior na estação seca enquanto que na estação chuvosa a proporção de endocarpos predados foi maior. As distâncias de dispersão foram significativamente maiores nos hábitats de interior, bem como na estação chuvosa. Nossos resultados mostram que os efeitos de borda quanto a sazonalidade estão influenciando nos processos de predação pós-dispersão e dispersão secundária nos remanescentes de cerrado estudados. Dessa forma, a dispersão de endocarpos de D. alata nos hábitats de borda fica restrita apenas a dispersão primária por morcegos. |