Vozes, labirintos, alegorias: Mar Paraguayo, de Wilson Bueno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Favaro, Celso Hernandes
Orientador(a): Belon, Antônio Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1110
Resumo: Este trabalho tem por objetivo demonstrar como a polifonia se faz presente em Mar paraguayo (1992), de Wilson Bueno. A polifonia destaca as vozes culturais existentes no continente latino-americano ultrapassando as fronteiras de Guaratuba, cidade onde é ambientada a narrativa. A polifonia se evidencia principalmente porque a narradora é uma índia velha que deixou as suas origens em terras paraguaias e vive, no presente da narrativa, em Guaratuba, cidade turística paranaense e se comunica em portugues, espanhol e guarani ou, em alguns momentos mescla o seu discurso com partes de cada um deles. Ultrapassando todas as barreiras impostas pela norma, Wilson Bueno faz avançar a prosa em direção à poesia, hibrida as línguas em uso e quase em desuso, resgata línguas em desuso organizando um discurso polifonico sustentado por um jogo de palavras que pretende apenas destacar como as línguas e culturas dialogam livres de imposições, normas ou fronteiras. O discurso narrativo acrescenta poucas informações desde suas páginas iniciais: a Marafona do Balneário encontra-se solitária e é movida pelas recordações da existência de um amante a quem se refere por "el viejo".