Contemporaneidade, subalternidade e violência em Feliz ano novo, de Rubem Fonseca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lopes, Hans Stander Loureiro
Orientador(a): Santos, Rosana Cristina Zanelatto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1741
Resumo: A partir da análise dos contos “Feliz Ano Novo”, “Passeio Noturno parte 1”, “Passeio Noturno parte 2”, “Nau Catrineta” e “74 Degraus” do livro Feliz Ano Novo (1989), de Rubem Fonseca, pretendemos demonstrar como os traumas que atingem o corpo físico das personagens também se refletem no desencadeamento do processo narrativo, para além de simples consequências socioeconômicas, marcando um estilo de escrever, característico da obra fonsequiana. Esses traumas acabam marcando a trajetória de violência contra si e contra os outros, inscrita no corpo e na história do ser humano. Para a análise desses contos, também fomos levados a refletir sobre o lugar do escritor na contemporaneidade e sobre o lugar que o subalterno tem ocupado em uma sociedade dominante e fragmentada. Para o desenvolvimento desta dissertação, relacionamos a noção de contemporâneo, como estudada por Giorgio Agambem (2009), ao conceito de subalternidade, com ênfase nos estudos de John Beverly (2004) e de Gayatri Chakravorty Spivak (2010), na obra de Rubem Fonseca, especificamente Feliz Ano Novo. Tivemos ainda como aliados os estudos literários, com aporte em Alfredo Bosi (1997) e outros estudiosos brasileiros cujo interesse volta-se para a obra de Rubem Fonseca e temas que lhe são caros, como a violência, o trauma e a (in)subordinação de muitos à vontade de poucos. Também utilizamos alguns autores inclusos na teoria crítica como Hannah Arendt (2009), essencial na discussão da violência, e Theodor Adorno (2003), primordial no entendimento da posição do narrador na prosa contemporânea.