Correlação entre os ensaios de citotoxicidade em Artemia salina Leach e atividade antineoplásica sobre linhagens de células tumorais para algumas classes de produtos naturais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Harada, Thaís Nichikuma
Orientador(a): Siqueira, João Máximo de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1658
Resumo: O objetivo deste estudo foi correlacionar qualitativa e quantitativamente a concentração letal necessária para o teste citotóxico em A. salina com a concentração inibitória para o crescimento de linhagens celulares tumorais, utilizando dez substâncias puras previamente conhecidas. Estimativas para o ano de 2008 e válidas também para o ano de 2009, no Brasil, apontam a ocorrência de 466.730 casos novos de câncer, perfazendo o cenário indicativo da necessidade de descoberta de compostos que visem o tratamento dessa doença. A biodiversidade brasileira contribui para a identificação de produtos com utilização econômica, sendo as plantas fonte importante de produtos naturais biologicamente ativos. Dentre os bioensaios simples e rápidos para avaliar a toxicidade de produtos e extratos vegetais está o do microcrustáceo marinho Artemia salina Leach, considerado um bioensaio preliminar no estudo de citotoxicidade e indicativo para testes mais específicos, como o teste em linhagens celulares de mamíferos (antitumoral). Substâncias oriundas de vegetais e pertencentes às seguintes classes de produtos naturais foram avaliadas quanto à sua atividade citotóxica: alcalóides, flavonóides e quinonas. Os ovos de A. salina são eclodidos em solução salina e as larvas utilizadas em estágio náuplio nas concentrações de 250; 125; 61,5 e 31,3 μg/mL para as dez substâncias testadas: boldina, duguetina, aloina, emodina, rutina, quercetina, lapachol, β- lapachona, N-nitrosoanonaina e N-nitrosoxilopina. Células das linhagens Hep2 (carcinoma de laringe) e B16-F10 (células de melanoma) são cultivadas em placas de micropoços e a viabilidade avaliada pelo método da coloração com sulforrodamina B após 48h de exposição às substâncias-teste. Dentre as três classes de produtos naturais avaliadas, as quinonas mostraram-se as mais ativas frente aos dois bioensaios, sendo a β-lapachona a substância com a menor CI50 para ambas as linhagens tumorais e a duguetina, um alcalóide, a mais citotóxica em A. salina. Os resultados confirmam o bioensaio da A. salina como indicativo da atividade antitumoral, porém não é possível estabelecer uma correlação quantitativa segura entre a DE50 e a CI50 dos testes.