Avaliação da qualidade de vida dos mototaxistas utilizando a SF-36 - Campo Grande – MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Félix, Arlete de Carvalho
Orientador(a): Carvalho, Alexandra Maria Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2852
Resumo: Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos mototaxistas. Materiais e métodos: Estudo transversal com mototaxistas de Campo Grande - MS, maio a julho de 2015. O questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 e outro com variáveis sociodemográficas, laborais, de saúde e acidentes foram respondidos por uma amostra probabilística casual simples de mototaxistas. Dados foram analisados no SPSS v. 22, nível de significância estatística p<0,005. Resultados: Nos 301 mototaxistas estudados predominou: gênero masculino (98,7% - n=297), 40,05±8,36 anos, casados ou em união estável (63,5% - n=191) e ensino médio (55,8% - n=168). Os mototaxistas apresentaram pior percepção de qualidade de vida pelo SF-36 nos domínio saúde mental (63,44±13,51) e vitalidade (69,67±20,72), ambos no componente saúde mental. Mototaxistas auxiliares (61,5% - n=185) apresentaram significativamente menor percepção de qualidade de vida do que os permissionários em todos os domínios do SF-36 (p<0,05), exceto no domínio estado geral de saúde (p=0,163). Os que trabalhavam em dois turnos (45,8% - n=138) apresentaram pior qualidade de vida nos domínios vitalidade (p=0,029) e saúde mental (p=0,029) em relação aos que trabalham somente em um dos turnos. Todos os domínios do SF-36, de mototaxistas que queixaram desconforto nas atividades de trabalho (52,8% - n=159), foram signicativamente menores do que os que não tinham desconforto (p=0,001 e p<0,001). Aqueles que possuíam algum tipo de doença (17,9% - n=54) apresentaram valores significativamente menores comparados aos sem doença em três domínios: capacidade funcional (p=0,002), dor (p=0,043) e estado geral de saúde (p=0,003). Para a variável acidente de trânsito, mototaxistas acidentados (52,2% - n=157) exibiram escores significativamente menores nos domínios aspectos físicos (p=0,045) e estado geral de saúde (p=0,046) comparados aos não acidentados. Conclusão: Mototaxistas tem pior qualidade de vida medida pelo SF-36 no domínio aspectos físicos do componente saúde física, já no componente saúde mental o domínio saúde mental é o que apresenta menor valor. O mototaxista auxiliar, que trabalha em dois períodos, que sente desconforto ao realizar atividades diárias de trabalho, que tem doença e que sofreu acidente de trânsito apresenta pior percepção de qualidade de vida.