Comportamento preventivo e de risco no trânsito referido por mototaxistas regulamentados em Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lira, Samira Valentim Gama
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/83837
Resumo: O acidente de trânsito com motociclistas aumenta sobremaneira, ocasionando lesões graves ou irreversíveis, comprometendo a qualidade de vida do cidadão com repercussão social e econômica para o País. Nesse sentido, o estudo (i) investigou o comportamento preventivo e de risco para o acidente de trânsito referido por mototaxistas regulamentados em Fortaleza, Ceará; (ii) identificou a participação dos mototaxistas regulamentados em atividades educativas e preventivas e sua relação com a ocorrência de acidente de trânsito. Trata-se de um estudo de corte transversal ou seccional, realizado em Fortaleza com 250 mototaxistas regulamentados, entre novembro de 2007 e janeiro de 2008. Um questionário autoaplicável, com 41 perguntas, foi usado para coleta e os dados foram analisados pelo programa Statistical Package Social Science. Algumas variáveis foram submetidas à análise bivariada e ao teste não paramétrico do Qui-quadrado, de Pearson, com a confiabilidade de 95%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade de Fortaleza, sobre o Parecer nº 338/2006. Todos os 250 participantes são do sexo masculino (100,0%), prevalecendo idade =40 anos (51,6%). 93,6% trabalhavam em tempo integral, 5,6% possuíam outra atividade remunerada. Quanto à participação em atividades educativas e preventivas, 70,8% fizeram curso de direção defensiva e 38,8% participaram de eventos educativos; apenas o capacete foi referido por 100,0% como equipamento de proteção individual. Dentre os mototaxistas, 20,4% sofreram acidente de trânsito, predominando a colisão (62,7%) e 70,6% estavam sozinhos no momento do acidente. Em relação às bebidas alcoólicas, 38,8% referiram sua ingestão; desses, 23,7% afirmaram que dirigem sob efeito do álcool. As variáveis significativas para sofrer acidentes de trânsito foram: ter carteira assinada (p=0,016), prestar serviços de entrega de encomendas, mercadorias e documentos (p=0,016), ter sido multado (p=0,001), realizar revisão preventiva na motocicleta (p=0,035) e comportar-se incorretamente no trânsito (p=0,047). Nesse sentido, a população e os órgãos de trânsito necessitam repensar o modo como são implantadas as leis e os mecanismos de regulação no que diz respeito à redução dos acidentes no trânsito. Conclamar a sociedade, permanentemente, para refletir sobre como realizar um trânsito saudável exige uma ação conjunta das três esferas de poder, bem como uma séria articulação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.