Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Miziara, Luciana Azevedo Fasciani |
Orientador(a): |
Andrade, Sônia Maria de Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1867
|
Resumo: |
Questiona-se qual o sentimento de crianças e adolescentes ao descobrirem-se infectados pelo HIV, que leva a uma doença incurável e socialmente obscura, como enfrenta este momento de descoberta e o que isto representa. Este estudo teve como objetivo compreender o significado da soropositividade para crianças e adolescentes com HIV/Aids. Trata-se de pesquisa qualitativa com base em dados primários, realizada no período de junho a dezembro de 2010. Foram considerados como sujeitos da pesquisa, 22 crianças e adolescentes, com idade entre 9 e 18 anos, atendidas no Lar das Crianças com Aids e Centro de Doenças Infecciosas e Parasitárias, situados no município de Campo Grande/MS. Como técnica para obtenção do discurso das crianças e adolescentes vivendo com HIV/Aids, foi utilizada entrevista semi-estruturada. Os dados foram analisados utilizando-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) e seu Software Qualiquantisoft o qual atua como agente facilitador no processamento de dados de pesquisas qualitativas. Como fundamentação teórica utilizou-se a teoria das representações sociais (TRS), que possibilita a compreensão do coletivo, atuando como tradutor da realidade. Após a análise dos dados destaca-se que crianças e adolescentes afirmam ter tomado conhecimento acerca de sua condição sorológica predominantemente por meio de cuidadores e familiares. Duas posturas distintas aparecem quando há os que aceitam essa condição e os que a rejeitam e negam. Apesar dessa situação frente à soropositividade é comum ao grupo a omissão de sua condição como forma de fugir do preconceito e o fato de experimentar medo e angústia diante da possibilidade de um futuro incerto devido à Aids. No cotidiano buscam agir naturalmente nas atividades diárias embora enfrentem situações que os distinguem dos demais, como o uso da medicação e o fato de freqüentarem casa de apoio. Possuem expectativas similares a outras crianças e adolescentes em relação ao futuro e fazem planos de concluírem os estudos, terem uma profissão e constituírem família, o que inclui ter filhos. Conclui-se que o significado da soropositividade para crianças e adolescentes é influenciado por elementos sociais e psicológicos, devendo ser valorizado o contexto familiar e que requer envolvimento de pais/cuidadores, profissionais de saúde e do próprio paciente. Evidenciou-se competência na fala de crianças e adolescentes ao verbalizarem suas experiências onde situações de normalidade foram freqüentes nos discursos, apesar das representações de medo e angústias. |