Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Câmara, Sheila Cyrino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71001
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Resumo: |
No contexto da prevenção da aids, o termo vulnerabilidade vem sendo utilizado com muita freqüência no sentido de fornecer informações para avaliar objetivamente as diferentes chances que cada pessoa ou cada grupo específico tem de se contaminar ou de se proteger. A adolescência é um período de mudança e transição e são naturalmente vulneráveis pelas características intrínsecas à idade. O estudo objetivou analisar os fatores relacionados à vulnerabilidade para a transmissão sexual do HIV entre adolescentes segundo o sexo, estudantes de escolas públicas de ensino fundamental participantes do Programa Saúde na Escola. Tratou-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo com abordagem quantitativa. A amostra correspondeu a 408 adolescentes na faixa etária entre 10 e 19 anos que responderam um questionário semi-estruturado e auto-apiicado. As variáveis foram agrupadas de acordo com: i) características socioeconômicas, demográficas e de acessibilidade aos serviços de saúde; ii) conhecimento dos aspectos relacionados DST/HIV/aids e exposição ao HIV; iii) acesso a informações e serviços em DST/aids iv) características da vida sexual entre adolescentes. As análises de associações entre variáveis foram realizadas por meio dos testes não paramétricos de x² e razão de verossimilhança. Sobre os fatores relacionados à vulnerabilidade individual foi encontrado diferença significativa entre adolescentes do sexo feminino e masculino em relação ao conhecimento sobre a aids e sua transmissão, com (p= 0,024) e (p = 0,001), respectivamente em relação à exposição de adquirir HIV por via sexual (uso do preservativo somente em algumas relações sexuais), com o (p= 0,001), como também ao fato dos adolescentes não conversarem com ninguém sobre aids (p= 0,002). Percebeu-se diferença significativa entre o sexo dos adolescentes em relação ao início da vida sexual, (p= 0,009). Na vulnerabilidade social, esse estudo encontrou diferença significativa entre o sexo dos adolescentes (p= 0,002) em relação a conversar sobre aids com os amigos da mesma idade, em relação com a família (p= 0,002). Os adolescentes do sexo masculino conversam menos sobre aids com os amigos e com suas famílias. Sobre a vulnerabilidade institucional, diferenças significativas entre o sexo dos adolescentes participantes desse estudo foram percebidas em relação: i) ao conhecimento dos adolescentes sobre a existência de vinculo entre a família e os serviços de saúde (p= 0,032); ii) orientações oferecidas pelas escolas sobre aids (p= 0,012) e pelos serviços de saúde (p= 0,038); iii) conversa sobre DST/aids com profissionais de saúde (p= 0,001) e com o professor (p= 049); iv) pouco conhecimento entre adolescentes do sexo masculino sobre a realização do teste de HIV (p= 0,003). Os fatores relacionados à vulnerabilidade institucional apresentaram maior proporção, indicando falhas estruturais na iniciativa do PSE, fazendo-se necessárias intervenções preventivas efetivas através de estratégias educativas em saúde baseadas em métodos dialógicos e construtivistas, favorecendo principalmente o protagonismo dos adolescentes. Palavras-chave: Adolescente, Vulnerabilidade, HIV, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Educação em Saúde. |