Avaliação in vitro da atividade antineoplásica do ácido lecanórico e de seus produtos de modificação estrutural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bogo, Danielle
Orientador(a): Matos, Maria de Fátima Cepa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/330
Resumo: Os liquens resultam da associação simbiótica entre um fungo e um ou mais organismos fotossintéticos. Substâncias resultantes do metabolismo secundário de liquens, especialmente aqueles de natureza fenólica, apresentam várias atividades tais como agentes antimicrobianos, antineoplásicos, citotóxicos entre outros. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a atividade antineoplásica de orselinatos obtidos por modificações estruturais no ácido lecanórico, um depsídeo isolado do líquen Parmotrema tinctorum. O ensaio de citotoxicidade foi realizado in vitro com sulforrodamina B (SRB), utilizando as seguintes linhagens de células neoplásicas: laringe (Hep2), mama (MCF-7), pulmão (786-0), pele (B16-F10) e uma linhagem normal de rim de macaco (VERO). Dentre todos os compostos testados o orselinato de n-butila foi o composto mais ativo, seguido de orselinato de sec-butila e terc-butila (IC50: 7,2, 8,9 e 10,2 μg.mL-1). Este último apresentou o maior índice de seletividade (2,6). Orselinato de etila, n-propila e n-butila foram mais ativos contra Hep2 em comparação com MCF7, 786, e B16. Os orselinatos de iso-propila e n-pentila, ao contrário, demonstraram maior atividade em 786-0. O composto inicial, ácido lecanórico e orselinato de metila foram inativos nas quatro linhagens de células neoplásicas testadas. Estes resultados indicam e confirmam as informações obtidas previamente de que as modificações estruturais realizadas no ácido lecanórico e a elongação da cadeia dos orselinatos (de metil para butil), potencializam a atividade antineoplásica provavelmente devido ao aumento da lipofilicidade.