A questão agrária e as formas de resistência camponesa nos municípios de Andradina/SP e Castilho/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lopes, Dóri Edson
Orientador(a): Almeida, Rosemeire Aparecida de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1621
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a questão agrária em Andradina-SP e Castilho-SP, municípios limítrofes. E, particularmente, as formas de resistência desenvolvidas por camponeses da região frente aos desafios impostos pelo sistema capitalista de produção. A pesquisa se faz por meio de ampla consulta bibliográfica cuja meta é estudar o processo histórico que envolve a questão agrária nestes municípios, bem como analisar as condições determinantes que levaram ao processo de territorialização do capital e ao domínio da classe burguesa na distribuição das terras desta região. Em síntese, este foi um processo contraditório que por si só fez com que surgisse outro movimento que levou à territorialização da luta pela terra, empreendida pela organização de trabalhadores sem terra e camponeses em sua maioria arrendatários. Esta conjuntura levou esta região do Estado de São Paulo a ter certo destaque com relação aos conflitos por terra e resultou na criação de vários projetos de assentamentos de Reforma Agrária. Mas, a conquista de território por parte destes sujeitos não significa o fim dos conflitos de interesses no campo, tendo em vista que as bases da sociedade que envolve suas relações de produção ainda não foram alteradas. Este fato determina que mesmo de posse de importantes parcelas territoriais a classe dos antes trabalhadores sem terra e agora camponeses tenha que continuar o enfrentamento da ordem burguesa. Portanto, a realidade que se apresenta no campo da região noroeste paulista é a da luta de classe expressa historicamente na desigual estrutura fundiária, na especulação imobiliária, na exploração do trabalho e na luta pela terra e para nela permanecer.