A construção dramatúrgica de O coelho e a onça (história dos bichos brasileiros), de Plínio Marcos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Dyonisio, Ana Paula Menoti
Orientador(a): Enedino, Wagner Corsino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1635
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar a peça infantil O Coelho e a Onça (história dos bichos brasileiros) escrita pelo dramaturgo Plínio Marcos, no ano de 1988, tentando comprovar que a peça, apesar de ter sido escrita destinada ao público infantil, mantém a proposta política e estética do dramaturgo que ficou conhecido por suas peças adultas com linguagem seca, objetiva, retratando os marginalizados pela sociedade. A peça é composta de um ato em que sete personagens antropomorfizadas – Gato, Coelho, Onça, Tartaruga, Tatu, Cachorro e Macaco – narram a história do tempo em que não havia discórdia na Terra, até a Onça, estimulada pelo Gato, sentir vontade de degustar carne animal, gerando o fim da paz no Universo. Realizou-se a contextualização da época em que a peça foi escrita, por meio dos estudos de Gaspari (2004) e Süssekind (2004), levantando, na sequência, pontos sobre um histórico recente brasileiro da produção literária e dramática para o público infantil. Antes da realização da análise qualitativa e quantitativa dos discursos das personagens da peça objeto deste estudo embasada em Bakhtin (1992), são citados alguns aspectos de análise de obras dramáticas, como espaço, tempo, personagem e discurso, pautando-se, principalmente, nas contribuições de Aristóteles (1999), Ryngaert (1995), Pallotini (1989) e Ubersfeld (2005). Por fim, são referidas algumas de suas peças destinadas ao público adulto, comprovando que a linguagem marcante e o conteúdo politizado comum às obras de Plínio Marcos permaneceu nessa obra destinada às crianças.