Particularidades do inglês falado na construção da imagem da “Drag Queen” americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, André Luiz dos
Orientador(a): Burgo, Vanessa Hagemeyer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2158
Resumo: Este trabalho discute o papel de determinados recursos do texto falado em inglês, observando a sua importância na caracterização do discurso do sujeito “drag queen”, uma vez que também é na linguagem e por meio dela que os sujeitos se constituem e se representam. Para tanto, verifica-se como esses recursos são utilizados pelo sujeito “drag queen” em relação à identidade de gênero. A exposição teórica inicia-se pela apresentação da reação entre a fala e a escrita, perpassando as características organizacionais da conversação e os marcadores conversacionais e prossegue com a da preservação das faces, polidez e conceituação de entrevistas e suas principais características, e por fim abordamos a noção de sujeito, identidade e gênero. Logo em seguida, discutimos o papel que os recursos da língua falada empregado pelo sujeito “drag queens” exercem na constituição identitária desse sujeito. O corpus deste trabalho é constituído pela gravação de alguns episódios denominados “Reunited” das três primeiras temporadas do reality show “Ru Paul’s Drag Race” veiculado no canal a cabo VHI nas quintas-feiras às 21h00min. Ressaltamos que o nosso corpus pode ser classificado como conversação espontânea, embora se configure como uma entrevista, pois apresenta características básicas da língua falada, tais como: menor grau de planejamento verbal, o envolvimento dos interlocutores entre si e com o assunto e a existência de um espaço compartilhado entre os interactantes. Assim, nos valemos das descrições da materialidade linguística e das interpretações qualitativas alicerçadas em conceitos da Análise da Conversação e da Análise do Discurso. Por fim, pudemos constatar que a construção identitária do sujeito “drag queen” é resultado não somente do seu discurso, como também da sua vestimenta, postura, modos e gestos, portanto, trata-se de uma construção social e discursiva oriunda de um processo que se constitui de fragmentos de outros discursos, o que torna a identidade desse sujeito múltipla e fragmentada. Além disso, assinalamos que essa constituição identitária pode ser mais bem compreendida dentro de um continuum, no qual temos os pólos masculino e feminino e o gênero “drag queen” emergiria em um entremeio, trazendo em si marcas e fatos linguisticos desses atrelados a peculiaridades que lhe seriam próprias.