Fatores que influenciam a sustentabilidade de sistemas de abastecimento de água em comunidades rurais no Mato Grosso Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ribeiro, Laís de Luna
Orientador(a): Queiroz, Adriane Angélica Farias Santos Lopes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3230
Resumo: A preocupação com a sustentabilidade de sistemas de saneamento em comunidades rurais está cada vez maior, mesmo com investimentos na área, o déficit de atendimento ainda continua alto em razão do insucesso na implantação dos projetos. Nesse contexto propõe-se investigar a respeito das dificuldades enfrentadas pelos prestadores de serviços e o porquê dos investimentos realizados não está alcançando seus objetivos. O objetivo desta pesquisa foi analisar o comportamento de comunidades rurais beneficiárias dos investimentos realizados pela FUNASA/MS, para então, analisar a influência destes fatores na sustentabilidade dos sistemas de abastecimento de água. Foram realizadas entrevistas com técnicos da FUNASA/MS e aplicados questionários in loco em sete comunidades rurais do estado de Mato Grosso do Sul. Os dados coletados no órgão foram analisados qualitativamente e os das comunidades a partir da análise fatorial que gerou 6 fatores e um índice de comportamento. Por fim, foi utilizado o Modelo Logit para identificar a propensão da população a pagar pelo sistema de água, considerando este um fator essencial para alcançar a sustentabilidade. Os resultados demonstraram que a FUNASA ainda não apresenta um critério de avaliação de modelos de gestão sustentável capaz de monitorar os resultados dos investimentos e a população rural demonstrou estar disposta a pagar pelos serviços de água, contudo, mais da metade dos entrevistados obtiveram um índice de comportamento negativo. Este valor reflete na falta de organização das comunidades para gerirem o serviço de água, porque a maioria não está filiada à uma associação; não realizam mutirões para resolver interesses em comum; não tem a percepção que a água é um bem essencial para a qualidade de vida e não tem um nível de corresponsabilidade ideal para os serviços. Os resultados indicam os aspectos chaves em que os prestadores de serviços devem direcionar esforços ao investir em sistemas de abastecimento de água em comunidades rurais.