Educação ambiental como elemento da fronteira etnocultural: empoderamento e saberes dos povos indígenas terena do pantanal sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SOUZA, EDSON PEREIRA DE lattes
Orientador(a): VARGAS, ICLEIA ALBUQUERQUE DE lattes
Banca de defesa: VARGAS, ICLEIA ALBUQUERQUE DE lattes, BATISTA, RICARDO LOPES lattes, MAURO, VICTOR FERRI lattes, SOUZA, CIMONE ROZENDO DE lattes, URQUIZA, ANTONIO HILARIO AGUILERA lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências
Departamento: INFI
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11389
Resumo: Educação Ambiental como elemento da Fronteira Etnocultural: Empoderamento e Saberes dos Povos Indígenas Terena do Pantanal Sul. 2021. 207 p. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS. RESUMO Quando Lutero trouxe a frase filosófica de que “a ninguém é proibido saber mais do eu”, permitiu-me associar à dinâmica dos povos originários, pois estes, desde antes do “descobrimento”, compartilhavam com as suas gerações os seus saberes. Isso comprova a importância do compartilhamento dos saberes tradicionais, porém historicamente inúmeros problemas comprometeram a perpetuação desses saberes. Ademais, a partir de práticas conservacionistas praticadas pelas populações indígenas ao longo da história, constatei a necessidade da academia em oportunizar mais apoio e visibilidade aos povos originários para a promoção e divulgação de seus saberes. São esses saberes tradicionais, que se tornam ações práticas de educação ambiental. Diante disso, esta tese foi construída com o objetivo geral de se compreender a educação ambiental como instrumento da fronteira etnocultural em meio às dinâmicas de empoderamento e de produção de saberes tradicionais dos povos Terena da Região do Pantanal Sul (Mato Grosso do Sul), no que tange ao processo de (re)ocupação de (novos) territórios. E, para o equacionamento deste trabalho, metodologicamente enveredou-se para uma pesquisa qualitativa, ancorada em cunhos geográfico e antropológico, com viés na etnografia. Para isso, foram utilizadas técnicas de observação e, principalmente, com o apoio da Metodologia Kozel para a interpretação de mapas mentais, a qual permitiu que fosse avaliado o olhar, de indígenas e não indígenas, sobre a região do Pantanal Sul. A partir das representações expressas pelos atores sociais, pode-se fundamentar a construção da proposta conceitual de Fronteira Etnocultural, bem como a expressão da produção de seus saberes tradicionais em meio às ações históricas e atuais em Educação Ambiental. Portanto, não numa perspectiva de finitude, mas sim de início de uma busca reflexiva e possíveis debates para proposições de políticas públicas, sobretudo para Educação Ambiental, pode-se encontrar a transitoriedade de gerações, sobretudo com as populações indígenas, a partir dos seus saberes tradicionais perpassados.